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Soja tem novo recuo em Chicago nesta 5ª feira

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Os preços da soja formados no mercado brasileiro, nesta quinta-feira, mais uma vez tiveram um dia de falta de direção comum. Nem nos portos, nem nas principais praças de comercialização as cotações acompanharam um mesmo movimento, e o mercado se mostra cada vez mais regionalizado.

Entre os portos, Paranaguá fechou com R$ 71 por saca, estável, enquanto a safra nova perdey 1,35% para terminar o dia valendo R$ 73. Já em Rio Grande, R$ 70,50 e R$ 73, respectivamente, com perda de 0,28% e alta de 0,69%.

No interior, os preços subiram, principalmente, nas praças da região do Sul do país, como Ponta Grossa, no Paraná, onde a cotação foi a R$ 70, com ganho de 1,45% ou Cascavel, onde o preço fechou com R$ 60, subindo 0,84%. Já em Tangará da Serra, em Mato Grosso, R$ 57 por saca e queda de 1,72%, ou estabilidade em São Gabriel do Oeste/MS, com R$ 58.

Os preços seguem ainda um tanto distantes dos almejados pelos produtores brasileiros neste momento, o que segue limitando um melhor desenvolvimento da comercialização tanto do produto disponível, quanto da safra nova.

Além disso, o dólar, mesmo se aproximando dos R$ 3,20, ainda é insuficiente para promover, como explicam analistas, uma reação mais intensa das cotações. Nesta quinta, a moeda americana realizou parte dos ganhos dos últimos dias e fechou com R$ 3,1828 e baixa de 0,32%.

“Quando a moeda chega em 3,20 reais, acabam entrando vendedores. Junte esse fato ao recuo do dólar no exterior, a moeda aqui acabou acompanhando”, explicou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo à agência de notícias Reuters, para quem a moeda deve continuar oscilando entre 3,10 reais e 3,20 reais.

Mercado Internacional

No pregão desta quinta, os futuros ds soja negociados na Bolsa de Chicago terminaram o dia com perdas de pouco mais de 6 pontos, com o novembro/17 valendo US$ 9,59 e o maio/18, referência para a safra do Brasil, com US$ 9,88.

Segue a pressão da colheita nos Estados Unidos – que avança bem em um cenário favorável de clima e trazendo bons números de produtividade nas principais áreas produtoras. As médias de rendimento que vêm sendo relatadas se mostram perto de 54 a 55 sacas por hectare e ficam próximas das últimas projeções.

Ao lado dessa fator, a recente alta do dólar também pressiona as cotações não só em Chicago, mas nas bolsas americanas e entre as commodities agrícolas de uma forma geral. Desde o último dia 8 de agosto, o dollar index já subiu mais de 2% frente à uma cesta de principais moedas internacionais.

Da mesma forma, cresce o espaço no radar dos traders as informações sobre o clima no Brasil, e a melhora no quadro climático também ajuda a manter alguma pressão sobre as cotações. “As previsões climáticas seguem mostrando chuvas que serão muito úteis nas regiões mais secas do Brasil nessa próxima semana”, disse Tobin Gorey, do Commonwealth Bank da Austrália.

Nem mesmo as boas e fortes vendas americanas foram suficientes para fazer o mercado mudar de lado. No boletim semanal de vendas para exportação, o USDA trouxe os números americanos bem acima das expectativas do mercado.

Na semana encerrada em 21 de setembro, os EUA venderam 2.982,7 milhões de toneladas de soja em grão, sendo o maior volume adquirido pela China. Os traders, porém, esperavam algo entre 1,5 milhão e 2,2 milhões de toneladas. Com esse total, o acumulado de vendas na temporada chega a 22.314,7, contra pouco mais de 26 milhões do mesmo período da temporada anterior. Para o ano comercial 2017/18, o USDA estima que as exportações americanas alcancem 61,24 milhões de toneladas.

Na sequência, atenção também aos estoques trimestrais em 1º de setembro que serão divulgados nesta sexta-feira, 29 de setembro pelo USDA. O mercado espera algo entre 8,74 e 9,66 milhões de toneladas, com média da 9,23 milhões. No ano passado, nessa mesma data, os estoques trimestrais americanos eram de 5,36 milhões de toneladas.

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