PUBLICIDADE

Soja tem novo dia de baixas intensas em Chicago

PUBLICIDADE

O mercado de soja voltou a recuar na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira, com quedas de dois dígitos nos principais vencimentos. Adriano Gomes, analista de mercado da AgRural, destaca que o mercado vem digerindo os números divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na semana passada, apontando produção recorde para a safra norte-americana. Além disso, o clima para o Meio-Oeste americano se apresentou com boas chuvas na primeira quinzena de agosto, indicando uma recuperação para as lavouras – Iowa, que vinha sofrendo com a seca, está entre as áreas que receberam boas chuvas.

Há, ainda, previsão de chuvas para os próximos dias. O mercado observa esse clima mais favorável no mês decisivo para a produção de soja e se mantêm pressionado. A AgRural esteve no Meio Oeste americano e pode observar que as lavouras de soja tinham um bom potencial produtivo e que não deveriam apresentar uma queda na produtividade como vinha sendo previsto.

Para o milho, houveram alguns problemas pontuais de falta de chuva e de polinização que se refletem em fatores como falhas na ponteira da espiga. Porém, os problemas não são graves – as lavouras de milho também apresentam um bom potencial. Neste momento, é possível apontar que há problemas apenas pontuais nos Estados Unidos.

Na avaliação da AgRural, os 119 milhões de toneladas previstos pelo USDA podem ser alcançados caso as chuvas perdurarem durante o mês de agosto e houver falta de geadas no mês de setembro.

Chicago devolveu todo o ganho que teve no rally de alta durante o mês de julho. Assim, os preços de hoje ficam semelhantes aos preços de junho, quando não havia grandes preocupações com o clima. Neste período do ano, o clima é a maior influência na formação de preços na CBOT, mas outros fatores também influenciam nas cotações. Há uma queda de preços generalizada nas commodities e uma valorização da moeda norte-americana frente ao real, além de uma alta do Dólar Index.

Para o produtor brasileiro, Gomes destaca que é importante que haja um método de comercialização, já que o mercado de soja é “um dos mais complexos que a gente tem”, detalha o analista. A partir do comportamento dos preços das últimas semanas, o produtor brasileiro deve ficar bem atento às notícias de clima no Meio Oeste americano e também se o mercado irá resistir à mínima do ano, anotada em US$ 9,07/bushel em 23 de junho.

Ele observa que a maioria dos produtores já fechou a sua compra de insumos para a próxima safra e começa a querer iniciar seu plantio, respeitando o vazio sanitário.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Exportações da soja de Mato Grosso tem forte queda em novembro

As exportações brasileiras de soja em novembro totalizaram 2,55...

Venda da safra de milho chega a 89% e preço médio aumenta

As vendas da safra 2023/24 de milho em Mato...

Venda da safra da soja em Mato Grosso chega a 99%

A comercialização da soja para a safra 2023/24 em...

Cotação do boi gordo em Mato Grosso cai 4,3%, diz IMEA

A demanda local pelo boi gordo ficou retraída, semana...
PUBLICIDADE