Sobem os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago na manhã desta sexta-feira. Perto de 7h40 (horário de Brasília), os futuros da commodity subiam entre 1,75 e 2 pontos nos principais contratos, com o março/18 sendo cotado a US$ 10,34 e o maio/18 a US$ 10,45 por bushel.
Com essas altas, o mercado já segue para sua terceira semana consecutiva de avanço diante, principalmente, das adversidades climáticas que seguem preocupando na Argentina. O tempo quente e seco atuante no país nesse momento e previsto para continuar pelos próximos 15 dias, já levaram as bolsas de Rosário e Buenos Aires a trazerem perspectivas de uma safra de menos de 50 milhões de toneladas nesta temporada.
“A Argentina continua sendo um foco das atenções, onde o cenário de seca se intensifica com a falta da chegada de precipitações. O padrão árido na Argentina deve perdurar por mais 10-12 dias, elevando os níveis de estresse hídrico e, se confirmado, reduzindo ainda mais as estimativas de produtividade”, dizem os analistas de mercado da AgResource Mercosul (ARC).
Nesta sexta-feira, ainda, continua o Agricultural Outlook Forum, do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), e novos números para a temporada 2018/19 são esperados. O impacto das informações, porém, pode ser limitado, como aconteceu com os dados de área trazidos ontem, mostrando uma ligeira redução para os cultivos de soja e milho em relação ao ano anterior.
Hoje o departamento traz também seu novo boletim semanal de vendas para exportação. As exportações norte-americanas, que acumulam 44.822,6 milhões de toneladas, ainda caminham em um ritmo mais lento do que nos anos anteriores. O que também é ponto de atenção para o mercado, uma vez o USDA vem revisando para baixo suas projeções para as vendas dos EUA no presente ano comercial. O número atual é de 57,15 milhões de toneladas, contra mais de 60 milhões inicialmente previstas.