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Soja tem boas altas em Chicago com correção técnica e expectativas sobre a China

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Os preços da soja, nesta sexta-feira, trabalham em campo positivo na Bolsa de Chicago. Depois de uma nova rodada de baixas ontem, o mercado internacional volta a se ajustar e as primeiras posições recuperam a posição dos US$ 10,00 por bushel com altas variando de 9,25 a 10,50 pontos. O julho/18, por volta de 7h20 (horário de Brasília), era cotado a US$ 10,05.

Segundo explicam analistas internacionais, o avanço dos preços se dá, além da correção técnica, pelas expectativas de boas notícias que poderiam chegar das negociações entre China e Estados Unidos que acontecem na Casa Branca nesta semana.

As informações que partem do encontro ainda divergem em alguns pontos. Como noticiou a Reuters, na manhã de hoje, que a China negou “que tenha oferecido um pacote para reduzir o déficit comercial dos EUA em até 200 bilhões de dólares, horas depois de ter desistido de uma investigação antidumping sobre as importações de sorgo norte-americanas em um gesto conciliatório no momento em que os principais negociadores se encontram em Washington”.

E, de acordo com informações apuradas pela consultoria internacional Allendale, o subsecretário de Comércio e Assuntos Internacionais de Agricultura dos EUA, Ted McKinney, irá liderar uma missão a Guangzhou e Shenzhen, na China, na semana de 21 a 25 de maio, para estabelecer novas conexões de negócios, principalmente, na região sul do país.

A notícia parte de um comunicado do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Por outro lado, a falta de um acordo entre as duas nações continua rondando o andamento do mercado, já que a nação asiática segue evitando a soja norte-americana. “Nesta última semana, foi registrada a redução de 3,5 mil toneladas da soja dos EUA já vendidas para a China. A compradora asiática optou pelo cancelamento dos contratos de entrega antes da execução”, informou a AgResource Mercosul (ARC).

Além disso, os chineses compraram ainda um volume recorde de soja da Rússia nos últimos meses, também buscando alternativas ao produto dos EUA.

De julho ao meio de maio, a Rússia vendeu aos chineses 850 mil toneladas da oleaginosa, de acordo com dados disponibilizados pela agência de agricultura russa Rosselkhoznadzor. Esse é o maior volume já vendido pelos Russos à China e quase o triplo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 340 mil toneladas.

Ademais, o mercado em Chicago permanece atento ao quadro climático do Corn Belt e o desenvolvimento do plantio norte-americano. De acordo com as últimas previsões alongadas do NOAA, o serviço oficial de clima do governo norte-americano, o verão americano deverá contar com temperaturas na média e chuvas ligeiramente acima do normal para a época na maior parte do cinturão produtivo.

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