Os preços da soja seguem subindo nesta terça-feira na Bolsa de Chicago, dando continuidade ao movimento positivo observado na sessão anterior. Os futuros da oleaginosa, por volta das 7h40 (horário de Brasília), subiam entre 7,75 e 8 pontos, e o novembro/17 era negociado a US$ 9,77 por bushel.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe, no fim da tarde desta segunda (7), uma nova alta no índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições no país – de 59% para 60% -, porém, o impacto sobre as cotações foi bastante limitado. O número, afinal, ficou dentro do esperado, como já havia alertado o analista de mercado Marcos Araújo, da Lansing Trade.
Além disso, os traders ainda vêm alguns pontos do Corn Belt com preocupação neste mês de agosto, como as Dakotas, parte de Illinois, de Iowa e do Nebraska, principalmente nesta semana, quando os mapas mostram acumulados de chuvas mais limitados para esses locais.
“A condição da safra não é tão ruim, mas está mais fraca do que o normal”, diz Tobin Gorey, do Commonwealth Bank da Australia.
Assim, paralelamente, segue a preparação do mercado para o novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA traz nesta quinta-feira, 10 de agosto, com expectativas elevadas, especialmente, para os dados referentes à nova safra americana, de produção e produtividade. O mercado aposta em números menores se comparados ao reporte de julho, porém, reconhece o conservadorismo que o USDA carrega.
No caso do milho, as perdas estimadas pelas consultorias já chegam a 10 milhões de toneladas depois de um mês de julho complicado para a cultura. Sobre a soja, embora agosto seja o período crucial para a cultura, há perspectivas de perdas que vão de 1 a 3 milhões de toneladas.
Ainda sobre a oleaginosa no pregão desta terça, traders se apegam também a dados importantes das importações chinesas em julho, as quais foram recordes no mês ao alcançarem 10,08 milhões de toneladas.