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Soja segue em alta na CBOT com baixa do dólar, mas ameniza avanço

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Diante de uma junção de fatores, os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago continuam a subir de forma bastante intensa no pregão desta segunda-feira. Os futuros da oleaginosa acompanham as demais commodities neste início de semana e, por volta de 14h15 (horário de Brasília), os ganhos variavam de 15,25 a 15,75 pontos. Mais cedo, as variações bateram em 20 pontos.

Com isso, o contrato maio/18, referência para a safra brasileira, tinha US$ 10,09 por bushel, enquanto o julho valia US$ 10,19 e o agosto, US$ 10,20.

A baixa do dólar no quadro internacional – com o index batendo em sua mínima em uma semana frente a uma cesta de outras divisas – o clima ainda adverso na Argentina e a mudança do comportamento dos fundos diante dessas notícias são alguns dos pontos que têm motivado esse movimento entre as cotações.

“O dólar mais fraco poder fazer algumas pessoas reavaliarem o potencial da demanda pelos estoques norte-americanos”, diz um analista de Melbourne, na Austrália, à Reuters Internacional, afinal, com a moeda mais barata, os produtos norte-americanos tornam-se mais atrativos para os compradores internacionais.

Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) já trouxe o anúncio de uma nova venda de soja de mais de 300 mil toneladas, com volumes desta safra e da próxima, para destinos não revelados.

O anúncio de que a proposta orçamentária de Donald Trump, que deverá trazer mais detalhes nesta segunda, inclui US$ 200 bilhões de investimento em infraestrutura, entre outros pontos importantes para a economia americana, ajudaram a impulsionar esse movimento.

“O orçamento de fato empurra a trajetória para baixo”, argumentou o diretor do orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney no programa “Fox News Sunday” mais cedo no domingo. “Ele realmente nos leva de volta ao equilíbrio. Ele nos afasta dos déficits de trilhões de dólares”.

Ao lado da questão cambial, outros fatores também impulsionam as cotações da soja na Bolsa de Chicago neste início de semana. Uma inesperada queda nos estoques de óleo de Palma na Malásia promoveram um ganho não só nesta commodity, mas nos óleos e oleaginosas de uma forma geral, incluindo a soja e seu derivado – principal concorrente do do óleo de palma.

Isso se dá, principalmente, pelo fato de as condições de clima na Argentina, que é um dos principais players do mercado internacional de derivados de soja, ainda serem adversas e as expectativas indicarem uma safra consideravelmente menor do que a inicialmente projetada.

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