segunda-feira, 29/abril/2024
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Soja: preços no Brasil têm semana de até 2% de alta e novos negócios

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Março começou com volatilidade para o mercado internacional da soja, porém, ainda sem informações que possam tirar os preços do intervalo dos US$ 10,00 aos US$ 10,50 por bushel em que vem trabalhando há algumas semanas. E as oscilações na Bolsa de Chicago enfrentaram um dólar também volátil frente ao real.

Embora ambos os fatores juntos ainda sejam insuficientes para estimular a comercialização no mercado brasileiro de forma expressiva, as altas semanais de mais de 1% na CBOT deram espaço para, depois de algumas semanas, um avanço dos valores da oleaginosa no Brasil.

Entretanto, as referências ainda não são as mais atrativas para os sojicultores nacionais, mesmo assim, motivaram negócios em diversos estados produtores, mesmo que pontuais, com os produtores aproveitando alguns bons momentos de oportunidade.

No interior do Brasil, os preços subiram de 0,48% a até 2,46% nas principais praças de comercialização do Brasil. Os indicativos, de acordo com um levantamento feito pelo Notícias Agrícolas, têm trabalhado entre R$ 56,00 e R$ 68 por saca.

Nos portos, os preços encerraram a semana entre R$ 72,50 e R$ 74,30 por saca – no disponível e mercado futuro – e ganhos também expressivos. Em Paranaguá, as cotações subiram de 2,82%, em Rio Grande, 0,4% e em Santos, 1,53%.

Bolsa de Chicago

Na Bolsa de Chicago, as cotações fecharam a semana subindo mais de 1%. O vencimento março/17 subiu 1,33% para chegar aos US$ 10,27 por bushel, enquanto o maio/17, referência para a nova safra do Brasil, terminou as negociações com US$ 10,37, registrando um avanço de 1,29%.

O mercado internacional ainda se comporta de forma bastante técnica. “Mas, o mercado é bom, está mais otimista. Estamos vendo o fator Trump e tudo o que vem apontando como positivo”, explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. Nesta semana, o presidente norte-americano sinalizou elevados recursos para investimentos em infraestrutura na casa de US$ 1 trilhão, o que pode motivar as commodities, primeiramente, metálicas, as quais podem puxar, na sequência as agrícolas.

Além disso, a possibilidade de uma demanda maior por biocombustíveis nos Estados Unidos, também sinalizada no último discurso de Donald Trump, foi outro fator positivo para as cotações nestes últimos dias. E a demanda também segue marcando seu espaço entre as negociações, com os compradores internacionais ainda bem focados na oleaginosa americana.

Enquanto isso, a perspectiva de uma grande safra vinda da América do Sul ainda exerce alguma pressão sobre as cotações. No Brasil, a colheita avança e os reportes de produtividade seguem impressionando, mas a logística preocupa e acende uma luz amarela entre os produtores e compradores. Na Argentina, as atuais condições de clima favorecem a conclusão das lavouras.

E estes fatores deverão continuar a direcionar as cotações daqui em diante, ao lado das ainda intensas posições dos fundos de investimento e da movimentação do dólar e do mercado financeiro, ao menos até o final de março. No próximo dia 31, afinal, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga o primeiro boletim oficial de intenção de plantio da safra do país.

“Assim, a partir desse momento, o mercado zera o jogo e começa uma nova etapa. Os olhos vão se voltar para a nova safra dos Estados Unidos, para o clima por lá, e é um novo momento para os preços”, explica o consultor de mercado Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios.

Fonte: Notícias Agrícolas

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