quarta-feira, 24/abril/2024
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Soja: mercado “trava” no Brasil com dólar em queda e portos abaixo dos R$ 80

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O mercado brasileiro da soja começou 2017 com uma lentidão que não era esperada. O recuo do dólar, que nesta quinta-feira (5), fechou abaixo de R$ 3,20 e mais patamares ligeiramente menores em Chicago têm permitido esse comportamento dos negócios. A moeda americana perdeu 0,63% e ficou com R$ 3,1980.

“O mercado está completamente travado. Os preços agora se alinham à paridade e os poucos negócios que acontecem são para exportação. Até porque, com uma nova safra entrando, as indústrias vão às compras, porém, precisam comprar pagando acima dessa paridade “, explica o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais.

O dia foi, mais uma vez, de preços estáveis ou em queda para a soja negociada nos portos nacionais. Em Rio Grande, baixa de 0,665 para R$ 75,40 no disponível, e de 0,64% no mercado futuro, para R$ 78,00 por saca. Em Paranaguá, os indicativos mantiveram os R$ 75,00 nos dois casos.

No interior do Brasil, as cotações também cederam. Nos últimos dias, no Oeste do Paraná, por exemplo as baixas chegaram a ficar em algo entre R$ 3,00 e R$ 5,00 por saca, o que desmotivou ainda mais novos negócios. A referência passou a R$ 71,00, em média, e em alguns municípios a perder, inclusive, o patamar dos R$ 70,00 por saca.

“Em muitas regiões, como essa do Oeste do Paraná, os preços apresentaram uma queda mais significativa neste início de ano. O mercado cedeu um valor, mas as indústrias vinham pagando algo acima da paridade. Agora, já não precisam mais desse esforço extra, porque tem soja nova chegando no decorrer e ainda tem muitos lotes de soja remanescentes. Assim, os preços entram na paridade de exportação”, explica Motter.

Com um dólar em queda e Chicago recuando neste início do ano, os prêmios pagos para a soja nos portos brasileiros, porém, voltaram a subir. Os compradores, na necessidade de efetivarem seus negócios, ampliaram a oferta nesse braço da formação dos preços e, neste momento em Paranaguá, as principais posições de entrega têm entre 38 e 52 centavos de dólar acima dos valores praticados na CBOT. O movimento, porém, é insuficiente para motivar volumes maiores de negócios.

Bolsa de Chicago

Na sessão desta quinta-feira, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalharam durante todo o dia em campo negativo, porém, no fim do pregão amenizaram as perdas. As posições mais negociadas fecharam o dia com recuos de pouco mais de 2 pontos, o janeiro/17 valendo US$ 10,03 e o maio/17, referência para a safra do Brasil, em US$ 10,21 por bushel.

“Após um pregão em alta nesta terça, processando um recuo do dólar index e chuvas excessivas na Argentina, os preços voltaram a ceder, em um misto de ajuste de posição de fundos e e de tomada de lucros”, explica, em nota, a Labhoro Corretora. “E os fundos já estão em processo de ajuste para o relatório de oferta e demanda e dos estoques trimestrais (que o USDA traz nos próximos dias). As estimativas logo começam entrar na pauta deles”, informa a casa.

O clima na América do Sul, porém, se mantém no radar dos players. Há problemas que chamam a atenção tanto no Brasil, quanto na Argentina, e, com isso, a tendência é de que as cotações, como explicam analistas e consultores, sigam voláteis e respeitando seus patamares de resistência e suporte até que a safra por aqui seja concluída.

Para Camilo Motter, nesse quadro, é inevitável que a volatilidade continua. Há muitas incertezas e perspectivas que mudam com muita rapidez sobre a produção 2016/17, especialmente a brasileira e a argentina. “Não há uma tendência bem definida nesse momento”, diz o executivo.

Fonte: Notícias Agrícolas

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