Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago seguem trabalhando em campo negativo na sessão desta sexta-feira e vêm ampliando suas perdas em um movimento de realização de lucros. Após duas sessões consecutivas de bons ganhos, por volta de 12h15 (horário de Brasília), as cotações perdiam pouco mais de 6 pontos entre as posições mais negociadas. Assim, o novembro/17 valia US$ 9,68 e o março/18, US$ 9,87 por bushel. O maio/17, que é referência para a safra do Brasil, chegou a testar os US$ 10,00, porém, perdeu um pouco da força no início da tarde de hoje.
Apesar da correção dos preços no pregão desta sexta, continuam correndo o noticiário internacional as informações de que o clima na América do Sul, principalmente no Brasil, poderia preocupar neste início de nova safra.
Neste 15 de setembro se finaliza o vazio sanitário em boa parte dos principais estados produtores e já há produtores com suas plantadeiras no chão para dar início aos trabalhos de campo. O negócio é saber, porém, se as chuvas chegam para possibilitar esse início de forma adequada.
Além disso, o Serviço Nacional de Clima dos Estados Unidos aumentou seu percentual de chance de ocorrência do La Niña durante o período de outono/inverno no hemisfério norte, ou seja, primavera/verão no hemisfério sul, de 25 a 30% para 55% a 60%.
“O mercado vai manter os olhos muito atentos à essa questão do La Niña”, disse a CRM Agricommodities nesse momento em que o plantio argentino e brasileiro estão prestes a começar.
Também trazendo suporte às cotações, as informações sobre a intensa demanda pela oleaginosa também continuam chegado ao mercado. Nesta sexta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe mais um anúncio de venda – o quinto desta semana – de 132 mil toneladas de soja da safra nova para a China.