Fevereiro terminou, março começou e o início do mês parece trazer novas altas para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. Na sessão desta quinta-feira, por volta de 7h30 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 4,50 e 6,75 pontos, com o maio/18 enfim batendo nos US$ 10,60 por bushel. Assim, os vencimentos julho e agosto já buscam os US$ 10,70.
A continuidade do movimento positivo dos preços da commodity se dá diante da falta de mudanças entre as condições climáticas na Argentina. O tempo permanece quente e seco em importantes regiões produtoras do país, onde a umidade é determinante neste momento.
“O padrão meteorológico global não apresenta mudanças nas últimas 48 horas. No geral, o foco especulativo ainda continua na seca em expansão na Argentina”, diz o boletim diário da AgResource Mercosul.
E essa deverá ser a frente do mercado a atrair maior atenção dos traders pelo menos até a metade deste mês, como explicam os analistas da consultoria. “Operadores continuarão concentrados nas variações climáticas para a América do Sul até meados de março, quando atenções na safra norte-americana começa a ser um fator de maior importância na composição dos preços”, diz o reporte.
Ademais, a onda de frio que castiga países da Europa e, consequentemente, algumas áreas de trigo também favorece as altas, já que só no pregão de ontem promoveram ganhos de até 4,8% na Bolsa de Chicago enhre os futuros do cereal, que também puxaram os preços da soja e do milho.