Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago recuam na manhã desta quarta-feira. O mercado espera pelos novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz hoje, em seu reporte mensal de oferta e demanda, e se ajusta antes da chegada dos novos números, como tradicionalmente acontece.
Assim, por volta de 7h44 (horário de Brasília), os preços caíam pouco mais de 9 pontos entre os vencimentos mais negociados, com o contrato novembro/17 valendo US$ 10,34 por bushel.
Sempre um evento bem marcado no calendário do mercado internacional de grão, a espera pelo reporte do USDA traz um humor de mais calma e cautela aos investidores, que estão ainda no pico do mercado climático norte-americano, o que também intensifica a volatilidade do andamento das cotações na CBOT, estimulando alguma tomada de lucros.
Os traders seguem bastante atentos aos números dos estoques da safra velha dos EUA, ao passo em que dividem suas atenções com as estimativas de produção e produtividade da safra nova. Para o analista internacional Terry Reily, da Futures International, “não esperamos nenhuma mudança na produtividade da soja americana”. E como lembra o reporte da Benson Quinn Commodities, “para o milho, a última vez que se reduziu o rendimento no boletim de julho foi em 2012, o ano da grande seca. Uma redução seria atípica”.
Paralelamente, o mercado segue muito nervoso com a situção climática no Corn Belt. “Algumas previsões são desastrosas, principalmente as que indicam a manutenção de um sistema de alta pressão sobre o oeste do Corn Belt”, diz o analista de mercado do Commonwealth Bank da Australia, Tobin Gorey. Seguem portanto, as previsões de clima ainda muito quente e seco no Meio-Oeste americano.