O mercado da soja na Bolsa de Chicago encerrou o pregão desta segunda-feira (16) com altas de mais de 1,5% ou superando os 10,75 pontos nos contratos mais negociados em um dia bastante técnico para os negócios. Dessa forma, o agosto/18 fechou com US$ 8,29 e o novembro/18, que é a posição mais negociada neste momento, concluiu a sessão com US$ 8,45 por bushel.
Os preços vieram buscando recuperar algum terreno depois de, no final da última semana, registrar seus menores patamares em 10 anos, e de se mostrar muito sobrevendido. Dessa forma, mais barata, a soja norte-americana os compradores e os investidores, principalmente, à ponta compradora do mercado, retomando parte de suas posições.
Entretanto, como explicou o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo de Sousa, não se trata de uma nova tendência para os preços da soja no mercado internacional. O cenário de fundamentos, afinal, segue negativo.
“Foi uma reversão técnica. O mercado está sobrevendido, os fundos estão vendidos, os index funds vêm liquidando posições compradas, mas a verdade é que essa reversão – que chegou entre 16 e 17 pontos – é meramente técnica. O mercado testou, no contrato agosto, um objetivo de US$ 8,10 e reagiu”, explica Sousa.
A guerra comercial entre China e Estados Unidos continua no centro das discussões do mercado futuro norte-americano e ainda não há a confirmação de um acordo entre os dois países. Nesta segunda, o Ministério do Comércio chinês informou que entrou na OMC (Organização Mundial do Comércio) com uma reclamação contra as tarifas dos EUA sobre seus produtos.
Do mesmo modo, também nesta segunda-feira, os EUA entraram na OMC com ações não só contra a China, mas contra cinco de seus parceiros comerciais. China, União Europeia, Canadá, México e Turquia estão entre eles e estão tendo suas ações retaliatórias sendo questionadas pelo governo americano.