Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago dão continuidade às altas registradas no pregão anterior e trabalham do lado positivo da tabela na manhã desta quarta-feira. Os vencimentos principais subiam, por volta de 7h40 (horário de Brasília), entre 5 e 5,25 pontos, com o maio/18 sendo cotado a US$ 10,33 por bushel. O julho e o agosto/18 já superavam, mais uma vez, os US$ 10,40.
De acordo com informações de agências internacionais, o mercado ainda busca definir uma direção, principalmente, depois que boas chuvas chegaram à Argentina nos últimos dias. Embora bem-vindas e tendo pressionado as cotações severamente no início da semana, as precipitações chegam tarde demais para reverter as perdas sofridas pelas lavouras.
“Os acumulados ficaram entre 25,4 e 50,8 mm, mas a cobertura dessas chuvas ficou confinada entre o sudeste de Córdoba, extremo sul de Santa Fé e norte de Buenos Aires”, disse o especialista em agricultura da América do Sul, Michael Cordonnier, que reduziu sua estimativa para a safra de soja da Argentina em 1 milhão de toneladas para 42 milhões.
Assim, com o sentimento de que as chuvas chegaram muio tarde, o mercado passa a buscar uma cobertura de parte de suas posições depois das últimas baixas. A demanda intensa – com a China podendo adquirir mais de 100 milhões de toneladas nesta temporada – é um dos fatores que motiva este momvimento, segundo traz o boletim diário da consultoria internacional Allendale, Inc.
Ao mesmo tempo, a tentativa dos traders de estarem bem posicionados antes de novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chegam nos próximos dias também contribui. Na próxima quinta-feira, chegam os boletins de intenção de plantio nos EUA e dos estoques trimestrais e, principalmente o primeiro poderia ajudar a movimentar as cotações, com uma especulação maior sobre a nova safra dos Estados Unidos.