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Soja: mercado aguarda novas projeções do USDA e tem dia de estabilidade em Chicago

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O pregão desta quarta-feira foi de estabilidade aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Sem movimentações expressivas, as principais posições da oleaginosa finalizaram o dia com pequenas quedas, entre 0,25 e 0,75 pontos. O novembro/17 trabalhava a US$ 9,65 por bushel, enquanto o janeiro/18 operava a US$ 9,76 por bushel.

“Os investidores passaram o dia buscando o melhor ajuste de suas carteiras frente ao relatório de oferta e demanda de outubro, que será apresentado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira”, destacou a Granoeste Corretora de Cereais.

De acordo com as agências internacionais, a expectativa é que o departamento indique a safra americana em 121,03 milhões de toneladas, acima do indicado no boletim passado, de 120,59 milhões de toneladas. “O ajuste positivo viria do aumento da área colhida, que superaria pela primeira vez, os 36 milhões de hectares”, informou a corretora.

Apesar das atenções voltadas ao relatório, os participantes do mercado ainda acompanham as informações sobre as safras dos EUA e do Brasil. Até o último domingo, cerca de 36% da área plantada com a soja no país já havia sido colhida, conforme dados do USDA.

Com as chuvas recentes, os trabalhos nos campos caminham mais lentamente. No mesmo período do ano anterior, em torno de 43% da área já havia sido colhida. “Uma desaceleração das chuvas nas áreas centrais do Meio-Oeste até o fim da semana permitirá que a colheita de milho e soja melhore novamente”, informou o Agrimoney.com.

Paralelamente, as chuvas no Brasil também continuam no radar dos investidores. “Temos extensas áreas de cultivo, notadamente no Centro-Oeste, ainda não receberam chuvas regulares”, completa a Granoeste.

Em contrapartida, a demanda tem dado sinais de firmeza. Ainda hoje, o USDA divulgou a venda de 396 mil toneladas de soja. Em torno de 264 mil toneladas foram adquiridas pela China e o restante, de 132 mil toneladas, por destinos desconhecidos. Ambos os volumes serão entregues na temporada 2017/18. Nesta terça-feira, o departamento informou a venda de 131 mil toneladas da oleaginosa para a China.

Mercado brasileiro

No mercado doméstico, as cotações da soja registraram ligeiras desvalorizações nesta terça-feira. Em Brasília, a queda ficou em 1,63%, com a saca a R$ 60,50, segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. No Oeste da Bahia, a perda ficou em 1,53% e a saca a R$ 59,33.

Nos portos brasileiros, o dia também foi negativo aos preços da saca da oleaginosa. Em Paranaguá, o valor disponível caiu 1,39%, com a saca a R$ 71,00 e o futuro caiu 1,38%, com a saca para entrega março/18 a R$ 71,50.

No porto de Rio Grande, o recuo foi de 1,09%, com a saca da soja a R$ 72,80. Em São Francisco do Sul (SC), a perda foi de 0,71%, com a saca disponível a R$ 70,20.

Além da ligeira queda em Chicago, a desvalorização cambial também pesa nos preços. A moeda recuou 0,43% nesta quarta-feira e finalizou o dia a R$ 3,1700 na venda.

“O dólar fechou em baixa ante o real nesta quarta-feira, depois que a ata do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não ter impactado as apostas de que os juros da maior economia do mundo serão elevados novamente em dezembro”, reportou a agência Reuters.

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