Os preços da soja sobem mais de 20 pontos na manhã desta segunda-feira na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa dão início ao mês de julho trabalhando com ganhos expressivos, extendendo seu movimento positivo intenso da última sexta-feira (30) e acompanha o rally dos mercados vizinhos.
Por volta das 7h20 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 20,75 e 21,75 pontos – ou mais de 2,1% – entre os vencimentos mais negociados na CBOT, enquanto no trigo os ganhos se aproximavam de 3% e no milho, de 1,6%. Assim, o vencimento novembro/17 era negociado a US$ 9,76 por bushel.
Segundo analistas internacionais, as altas refletem as preocupações maiores com o clima nos Estados Unidos nestes próximos dias. O tempo mais seco segue preocupando os produtores americanos na principais áreas produtoras de trigo e dá espaço para essa movimentação forte dos preços.
Além disso, há ainda a movimentação por parte dos fundos investidores, que seguem cobrindo parte de suas posições – que eram amplamente vendidas – também favorecendo o avanço das cotações no pregão desta segunda-feira, que antecede um dos feriados mais importantes nos Estados Unidos. Nesta terça, 4 de julho, se comemora o Dia da Independência no país e a bolsa não opera, com os negócios sendo retomados na quarta, dia 5.
E com isso, o novo reporte semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que atualiza a condição das lavouras também chega só na quarta e permite ainda mais especulação sobre a nova safra americana.
“E normalmente o pregão que antece o feriado de 4 de julho tende a ser morno. Mas não é o que está acontecendo dessa vez”, explica o analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Group, em Genebra, na Suíça.
E o executivo afirma ainda que “a forte alta da soja em Chicago, no entanto, pode fazer com que os compradores chineses foquem a demanda na América do Sul nesta segunda-feira, e com isso cancelando alguns embarques de soja americana nos próximos dias. Veremos. No entanto, se a idéia é se proteger contra alguma estiagem nos EUA, é possível que os chineses cancelem poucos embarques americanos, o que obrigaria o USDA a rever seus estoques no próximo relatório mensal de Oferta & Demanda.