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Soja fecha estável em Chicago nesta 2ª; veja cotações em Mato Grosso

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Nesta segunda-feira (17), os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago encerraram o dia com estabilidade. Durante todo o dia, os futuros da oleaginosa testaram os dois lados da tabela, porém, com variações bastante tímidas. Ainda assim, o vencimento novembro/17 – que é o mais negociado deste momento – fechou com US$ 10,06 por bushel.

Segundo explicaram analistas internacionais, o mercado deu início à semana buscando um melhor direcionamento diante das irregularidades climáticas que ainda são observadas no Meio-Oeste do Estados Unidos, bem como atento ainda ao comportamento dos fundos de investimento neste momento.

No final de semana, as chuvas no Corn Belt e a maior parte do cinturão ainda continua bastante seca, como reporta o analista de mercado Matheus Pereira, da AgResource Brasil, de Chicago. “Foram chuvas localizadas no Centro de Illinois, Norte de Illinois, Leste de Wisconsin e Noroeste de Ohio. Alguns sucintos índices pluviométricos também foram observados no Norte das Planícies, entretanto, ainda longe do necessário para melhorar a situação da região, que sofre de seca”, explica.

Nesse quadro, a AgResource ainda espera, portanto, que no boletim semanal de acompanhamento de safras que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta segunda-feira, no final da tarde e após o fechamento do mercado, uma redução de 1 a 2 pontos percentuais no índice de lavouras em boas ou excelentes condições no boletim semanal de acompanhamento de safras.

Assim, o padrão esperado para os próximos dias continua sendo de temperaturas elevadas e chuvas abaixo da média para boa parte da região produtora nos EUA.

“O cenário de seca que já afeta os estados das Dakotas, Nebraska e Iowa pode ser amenizado com tempestades de chuvas intensas nos próximos 5 dias, com índices pluviométricos oscilando acima dos 20mm acumulados. No entanto, o restante da área sojicultora e milhocultora não apresenta grandes chances de chuvas significativas até 22 de julho”, completa o analista da AgResource.

Na semana seguinte, as previsões indicam mais chuvas, porém, ainda limitadas e concentradas sobre a porção leste do Corn Belt.

Para Miguel Biegai, analista de mercado da OTCex Group, a tendência para as cotações da soja na Bolsa de Chicago permanecem sendo de alta diante desse quadro, aliado a um consumo também muito aquecido. No entanto, o analista acredita que, daqui em diante, o avanço dos preços deve se dar de forma mais lenta e contida.

Ainda nesta segunda, os números dos embarques semanais norte-americanos e de esmagamento de soja nos EUA ficaram dentro das expectativas do mercado e contribuíram como um suporte para as cotações.

De acordo com o reporte do USDA, na semana encerrada em 13 de julho, o país embarcou 285,972 mil toneladas de soja, enquanto os traders esperavam algo entre 240 mil e 440 mil toneladas. O volume ficou abaixo ainda do registrado na semana anterior, mas elevou o total acumulado na temporada a 53.283,777 milhões de toneladas. A estimativa total do departamento para as exportações do ano comercial 2016/17 é de 57,15 milhões de toneladas.

Já os números da NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA) trouxeram o esmagamento de soja em junho em de 3,76 milhões de toneladas. O volume ficou ligeiramente abaixo da média das expectativas, que era de 3,89 milhões. O intervalo das projeções, porém, era de 3,84 a 3,92 milhões de toneladas.

Preços no Brasil

No Brasil, os preços recuaram em boa parte das praças de comercialização, embora em algumas delas as referências conseguiram se manter estáveis em relação ao fechamento da última sexta-feira (14), como foi o caso de Mato Grosso. Entre as praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, as cotações ainda variam de R$ 52,00 a R$ 64,50 por saca no mercado disponível.

Nos portos, a soja disponível ainda vê seus indicativas oscilando entre R$ 70,50 e R$ 73,50 por saca, enquanto a safra nova tem R$ 73,00 em Paranaguá e R$ 76,00 no terminal de Rio Grande.

Além da estabilidade em Chicago, o dólar também apresentou uma movimentação limitada e impediu que as cotações no Brasil reagissem de forma ainda mais negativa. Nesta segunda, a moeda americana fechou com queda de 0,11% e valendo R$ 3,1814. A divisa buscou certo equilíbrio após recuar 2,88% na semana anterior.

“As boas notícias da China fortalecem a leitura positiva para ativos de maior risco”, informou mais cedo a corretora H.Commcor em relatório. “A arena política nacional está mais calma, com o recesso (parlamentar)”, acrescentou.

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