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Soja fecha em alta na Bolsa de Chicago e preços sobem mais de 3% no interior do Brasil

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Os preços da soja no mercado brasileiro, apesar da pouca movimentação de negócios nesta quarta-feira de cinzas, acompanharam os novos ganhos observados na Bolsa de Chicago e também avançaram, principalmente nos portos. A soja disponível subiu 2,04% em Paranaguá e 0,67% no em Rio Grande, com as últimas referências em, respectivamente, R$ 75 e R$ 75,30 por saca. Já para março e maio, o primeiro terminal não registrou cotação e no gaúcho, R$ 77 e ganho de 1,05%.

No interior do Brasil, boas altas também foram observadas, principalmente nas praças do Paraná, onde passaram de 3%. Em Londrina, ganho de 3,13% para R$ 66,00 e, Pato Branco, de 3,05% para R$ 67,50 por saca. Em Mato Grosso, preços estáveis, mas acima dos R$ 60 em boa parte de municípios importantes na comercialização.

Segundo informações do Cepea, além dos ganhos no mercado futuro norte-americano, as expectativas de aumento das exportações brasileiras de soja ao lado de uma recente valorização do dólar – que levou a moeda aos R$ 3,30 antes da despencada de hoje – também ajudaram a trazer as cotações aos patamares atuais, que são os melhores do ano.

O que ainda limita os ganhos no mercado doméstico, porém, são as projeções de uma grande safra nesta temporada. Apesar de problemas pontuais – em locais por conta do excesso e em outros por falta de chuvas – as expectativas indicam para um potencial melhor do que o inicialmente projetado.

Por outro lado, nesta quarta-feira, especificamente, o dólar caiu muito intensamente no Brasil, acompanhando a cena externa e acabou também limitando uma retomada ainda mais forte dos preços no mercado nacional. A moeda americana fechou o dia com uma queda de 2,27% e sendo negociada a R$ 3,2274. O dia, porém, pós-feriado, foi de poucos negócios.

Mercado Internacional

E parte das altas observadas na Bolsa de Chicago se deu, segundo analistas internacionais, se deu em razão dessa nova queda do dólar no quadro internacional. Com a moeda mais ‘barata’, os produtos americanos ficam também mais baratos e, portanto, mais competitivos entre os importadores mundiais.

Os ganhos entre os principais vencimentos ficaram pouco acima dos 5 pontos, levando o contrato maio/18, referência para a safra brasileira, a US$ 10,27 por bushel.

Todas as atenções do mercado se mantêm voltadas para a Argentina neste momento, onde o clima não é só importante, como determinante para as lavouras a partir desse momento.

No quarto dia do Crop Tour pela Argentina, o Notícias Agrícolas, a Labhoro Corretora e a Big Safra constataram que as lavouras argentinas estão necessitando de chuvas e que o solo está bem seco. Contudo, ainda há potencial de produtividade para a soja.

E para os próximos dias, mais tempo quente e seco aparece nos mapas climáticos para os próximos dias. “Um padrão de chuvas abaixo da média continua sendo projetado para a Argentina, agora com temperaturas se elevando, no mesmo período dos próximos cinco dias”, segundo informa o boletim diário da AgResource Mercosul.

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