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Soja fecha com queda em Chicago diante das incertezas entre China e EUA

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As incertezas e indefinições que seguem rondando o mercado internacional da soja motivaram uma realização de lucros ainda mais intensa no pregão desta quarta-feira na Bolsa de Chicago e os futuros da oleaginosa terminaram o dia cedendo mais de 10 pontos entre os principais vencimentos.

Assim, o contrato maio/18 voltou ao patamar dos US$ 10,30 por bushel, e os demais entre os mais negociados – como o agosto/18 – dos US$ 10,40. Durante todo o dia, o mercado da soja atuou do lado negativo da tabela.

Como explica o analista de mercado da AgResource Mercosul, Matheus Pereira, “grande parte dos operadores volta do feriado de começo de maio nesta segunda”, atento à essas incertezas e aproveitando para se reposicionar, tomando lucros após as altas das últimas sessões.

No paralelo, os temores ao redor da disputa comercial entre China e Estados Unidos e os impactos que podem ter no comércio da soja, principalmente norte-americano, também motivam esse cenário.

Nesta semana, o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, principal assessor econômico do presidente Xi Jinping, receberá uma delegação comercial de alto escalão dos Estados Unidos em Pequim, de acordo com informações do governo da nação asiática, em meio a uma disputa crescente entre as duas maiores economias do mundo.

“O encontro gera ansiedade, porque a especulação não espera que os conflitos sejam resolvidos nesta conversa. Na melhor das hipóteses, a imposição tarifária prometida por ambos os lados serão adiadas por mais alguns meses”, diz Pereira.

O analista da AgResource explica ainda que a previsão é de que essas tarifas seriam implementadas no final de maio, porém, acredita que serão adiadas, mas “dificilmente efetivadas da maneira em que foram primordialmente propostas”.

Entre os fundamentos, ainda de acordo com o analista da ARC, as condições de clima têm melhorado de forma considerável para o avanço do plantio nos Estados Unidos e essa é mais uma informação que pesa sobre o mercado.

“O plantio nos EUA se desenvolve muito bem, com um cenário climático ideal para os próximos 15 dias”, explica Pereira. De acordo com os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último domingo (19), o país já tinha 5% da área plantada, o que fica em linha com a média dos últimos cinco anos, porém, ligeiramente abaixo dos 9% do ano passado, nessa mesma época.

Preços no Brasil

Na contramão de Chicago, o dólar disparou frente ao real nesta quarta-feira e ajudou a amenizar o impacto do recuo internacional na formação dos preços no mercado interno. Na máxima da sessão, a moeda chegou a bater nos R$ 3,5544, registrando seu melhor nível intradia desde junho de 2016.

Segundo especialistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, a cena externa e as indicações do Federal Reserve (o banco central norte-americano) motivaram esse movimento mais intenso no mercado.

Dessa forma e com prêmios ainda muito altos no Brasil – ainda acima de US$ 1 por bushel – sobre as cotações de Chicago – a referência no porto de Paranaguá registrou um alta de R$ 1 em relação à última segunda-feira e terminou os negócios desta quarta com R$ 88 por saca. Nos melhores momentos, o indicativo bateu nos R$ 88,50.

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