Nesta quinta-feira, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) exibiram ligeiras quedas e fecharam o dia próximos da estabilidade. Apenas as posições mais distantes caíram 0,25 pontos, mas mantiveram o nível de US$ 10,00 por bushel. O março/18 era cotado a US$ 9,92 por bushel.
Segundo informações da Reuters internacional, os preços da soja recuaram depois de atingirem o patamar de US$ 10 por bushel pela primeira vez em sete semanas. “O mercado devolveu parte dos ganhos alimentados por preocupações com o clima seco no exportador rival, a Argentina e um dólar americano mais fraco”, completa.
Com isso, o mercado recuou após oito pregões consecutivos de valorizações. A agência ainda destacou que se as cotações tivessem subido novamente, teria sido o maior avanço consecutivo em quase seis anos.
Nesse momento, os participantes do mercado estão atentos, principalmente, ao comportamento do clima na Argentina, que é o terceiro maior produtor de soja no mundo. “A secura poderia reduzir as colheitas”, reportou a Reuters.
A grande preocupação dos investidores é em relação ao impacto do clima irregular no rendimento das lavouras de soja. Por enquanto, as previsões climáticas indicam chuvas entre 2 a 15 mm nos próximos três dias em algumas regiões de produção, inclusive em Buenos Aires.
Segundo dados da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), a semeadura da soja já está completa em 98,9% da área esperada para essa temporada, de 18 milhões de hectares. “Os últimos dias permitiram uma retomada do plantio de soja nas áreas em que estavam aguardando chuvas no norte do país”, informou em nota.
Ainda assim, o vice-presidente do Departamento de Massachusetts dos Estados Unidos, Jason Roose, disse que “não há escassez”. Isso porque, ainda segundo o especialista, os Estados Unidos têm amplos estoques e o Brasil caminha para colher uma boa safra.
Além disso, o comportamento do dólar segue no radar dos investidores. A queda da moeda acaba tornando os produtores americanos mais atrativos aos compradores mundiais. “O dólar atingiu seu nível mais baixo desde dezembro de 2014 contra uma cesta de outras moedas”, informou a Reuters.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta nesta sexta-feira seu boletim semanal de vendas para exportação.
A quinta-feira (25) foi de ligeiras movimentações aos preços da soja no mercado doméstico. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Panambi (RS), a saca caiu 2,40% e fechou o dia a R$ 61,02. Em Não-me-toque (RS), o recuo ficou em 2,42%, com a saca a R$ 60,50.
Na região de Cascavel (PR), a queda foi de 2,36%, com a saca de soja a R$ 62. Já em Pato Branco (PR), a perda ficou em 2,31%, com a saca a R$ 63,50. Em Sorriso, a perda ficou em 1,82% a saca a R$ 54. Nos portos, o dia foi de ligeiras perdas.