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Soja acumula 2% de alta em Chicago e produtor brasileiro deve estar atento às oportunidades

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Apesar de mais uma vez volátil, essa foi mais uma semana positiva para os preços da soja no mercado internacional. Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago subiram mais de 2%, entre os principais vencimentos, e voltaram a superar os US$ 10,00 por bushel. O novembro/17, que é o contrato mais importante do momento e driver do mercado, encerrou os negócios com US$ 10,22 por bushel.

O clima adverso no Corn Belt ameaçando o potencial produtivo da nova safra norte-americana esteve no foco dos traders e foi o principal combustível para os ganhos observados nos últimos dias. As ligeiras baixas observada no pregão desta sexta-feira foram, nada mais, do que mais uma realização de lucros depois das últimas altas.
Apesar de mais uma vez volátil, essa foi mais uma semana positiva para os preços da soja no mercado internacional. Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago subiram mais de 2%, entre os principais vencimentos, e voltaram a superar os US$ 10,00 por bushel. O novembro/17, que é o contrato mais importante do momento e driver do mercado, encerrou os negócios com US$ 10,22 por bushel.

O clima adverso no Corn Belt ameaçando o potencial produtivo da nova safra norte-americana esteve no foco dos traders e foi o principal combustível para os ganhos observados nos últimos dias. As ligeiras baixas observada no pregão desta sexta-feira foram, nada mais, do que mais uma realização de lucros depois das últimas altas.

As condições irregulares de clima nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos já resultam, segundo as primeiras expectativas para a safra 2017/18, produtividades menores do que aquelas inicialmente projetadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Para a soja, a instituição espera 54,42 sacas por hectare (48 por bushels por acre) e  de milho, 180,67 sacas/hectare (170,7 bushels por acre).

O período crítico para a soja, por sua vez, é o mês de agosto e as perdas efetivas poderão, portanto, ser conhecidas mais adiante. Para Ênio Fernades, a produtividade média esperada, nesse momento e dadas as atuais circunstâncias, é de 46,5 bushels por acre, contra a projeção do USDA de 48. Em sacas por hectare, são 52,72 e 54,42, respectivamente. “Na soja, a baixa não é tão forte como a do milho porque o período crítico ainda não chegou”, diz o consultor, alertando para a necessidade de se acompanhar o clima e o desenvolvimento das lavouras entre 6 e 15 do próximo mês. “E a situação para esse período não é confortável

No entanto, segundo Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, um intervalo de safra de 110 a 113 milhões de toneladas, como é especulado pelo mercado neste momento, já estaria sendo precificado em Chicago. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu último boletim mensal de oferta e demanda, afinal, estimou a safra em mais de 115 milhões de toneladas.

“Esses preços próximos dos US$ 10,20 que estamos vendo nessa semana já são reflexo de um número menor nos Estados Unidos”, explica. “Caso chova nos próximos 7 a 10 dias amenizando, mesmo que pontualmente, a situação nas áreas de seca, o mercado pode, novamente, devolver até uns 15 pontos. Caso contrário, pode buscar os US$ 10,50 nos vencimentos mais longos”, completa.

E lembra que esse movimento positivo pode ter ainda mais força caso o USDA, na próxima segunda-feira (24), faça uma nova revisão para baixo no índice de lavouras em boas ou excelentes condições, como aconteceu no último boletim.

Assim, à espera de novas previsões climáticas – enquanto as últimas ainda indicam tempo muito quente e seco no Corn Belt nos próximos dias – e diante de condições já conhecidas, o mercado internacional se mostra mais cauteloso e contido para os seus próximos movimentos, ainda de acordo com o consultor. “Além disso, o mercado ainda está muito financeiro, e isso também pesa”, completa.

No Brasil, apesar da semana também ter registrado um balanço positivo, os negócios não foram tão intensos, uma vez que os atuais patamares de preços ainda se mostram mais baixos do que há 15 dias, quando a soja disponível, por exemplo, trabalhou no intervalo de R$ 75,00 a R$ 77,00 por saca. Tais preços foram a combinação de ganhos não só em Chicago, mas de um dólar ainda na casa dos R$ 3,30.

Nesta semana, a moeda americana fechou com uma queda acumulada de 1,38% e com a moeda americana – que nesta sexta-feira (21) subiu 0,45% – em R$ 3,1408. A divisa vem buscando testar o nível dos R$ 3,10 e acaba, assim, limitando um melhor desempenho da formação dos preços da oleaginosa no mercado nacional.

Em julho, a baixa do dólar já é de 5,19%. “O dólar caiu muito neste mês e era natural que em algum momento passasse por correção”, afirmou o operador da Spinelli Corretora, José Carlos Amado á agência de notícias Reuters. E esse movimento, apesar de limitar um avanço das cotações, acaba, nesse momento, favorecendo as relações de troca por insumo para o sojicultor do Brasil.

Assim, nos portos as principais referências fecharam a semana com R$ 71,00 a R$ 73,00 para o disponível e de R$ 74,50 a R$ 76,00 para a safra nova. Os ganhos, na semana, superaram os 2%. No interior do Brasil, algumas praças de comercialização terminaram com baixas acumuladas no balanço semanal, segundo levantamento feito pelo Notícias Agrícolas e os indicativos ficaram entrea R$ 53,00 e R$ 70,00 por saca.

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