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O arroz foi um dos produtos que pesaram na cesta básica em 2016. Menos abundante no mercado interno, a ponto de ser importado, o cereal acumulou alta de 34,71% no último ano, em Cuiabá. A majoração recorde registrada na Capital mato-grossense também foi notada nas demais capitais brasileiras, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese). O motivo da valorização do produto que compõe o cardápio diário dos brasileiros foi a queda na produção nacional.
Em Mato Grosso foram colhidas 438 mil toneladas de arroz na safra 2015/2016, sendo 28,4% a menos que no ciclo anterior. Para a temporada atual, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta nova redução (-12,6%) e volume de 383 mil toneladas a serem colhidas no Estado. Em todo o país, a expectativa é colher 11,636 milhões de toneladas, com incremento de 9,7% na quantidade total, comparado com a safra anterior.
Na opinião do presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz de Mato Grosso (Sindarroz), Lázaro Modesto de Morais, 2017 será um ano melhor para os produtores, atacadistas, varejistas e consumidores. “No supermercado, o preço do pacote de 5 quilos do arroz recuou de R$ 16 no ano passado para R$ 13 atualmente, com a queda de 18%”. Segundo ele, as indústrias mato-grossenses não estão mais trazendo arroz de fora do Estado.
Morais relembra que importou 15% do arroz beneficiado pela empresa em 2016, devido à pouca oferta do cereal no mercado local. Mensalmente, a empresa dele, instalada em Rondonópolis, processa 40 mil fardos do grão.
Mato Grosso mantém a posição de 4º maior produtor de arroz do país. A produção é direcionada a aproximadamente 30 indústrias. O mercado se mantém, sem novos investimentos ou “baixas” empresariais. Já o Centro-Oeste figura como a 3ª maior região produtora do cereal, conforme a Conab. Para a safra atual, é esperada redução de 16,3% na área plantada, em comparação com a safra anterior.
“A performance da cultura está vinculada à abertura de novas áreas e às restrições que esta ação vem registrando nos últimos anos”, pontuam os autores do Levantamento de Safra da companhia, divulgado no mês passado. Há algumas semanas, a Conab já registrava a finalização do plantio de 122 mil hectares de arroz no Estado, com redução de 30 mil hectares em relação à safra passada. “As boas condições climáticas deverão refletir em melhor produtividade, cuja média é estimada em 3,142 mil kg/ha, rendimento 9,2% superior aos observados na safra 2015/16”, pontuam no prognóstico.
Fonte: A Gazeta (foto: Sebastião José de Araújo/Embrapa/arquivo)
