Em julho o esmagamento da soja em grão no Estado foi de 783,67 mil toneladas, registrando o maior acumulado de janeiro a julho dos últimos cinco anos, de 5,49 milhões de toneladas. Em contrapartida, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a margem bruta de esmagamento no mesmo período foi a menor desde 2012, de R$ 223,71/t.
Segundo o instituto, mesmo com a margem desfavorável, a grande oferta do grão ainda tem mantido o processamento elevado. “O que poderá trazer uma nova perspectiva à margem bruta em MT é a sinalização anunciada na última semana pelo Departamento de Comércio dos EUA (DOC) de aumento da taxa de impostos sobre a importação de biodiesel argentino. Caso isso se concretize a medida poderá trazer reflexos positivos sobre as cotações externas do óleo, podendo impactar nos preços internos”.
Para os analistas do Imea, no entanto, os preços de farelo de soja ainda tendem a continuar baixos no Estado “devido à demanda fraca, o que deixa a movimentação da margem bruta das esmagadoras em xeque para os próximos meses”.