domingo, 28/abril/2024
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Plantio de soja em sucessão ao sorgo exige atenção, diz Embrapa

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Pesquisa realizada pela Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS) conclui que a semeadura da soja com um intervalo de uma semana após o manejo do sorgo sacarino já seria suficiente para amenizar possíveis efeitos negativos na soja. O plantio de soja imediatamente após o manejo do sorgo sacarino pode prejudicar o desenvolvimento da leguminosa”, explica o pesquisador Rodrigo Arroyo Garcia.

Os estudos comprovaram que os resíduos do sorgo-sacarino – devido à liberação de substâncias alelopáticas –  influenciam no desenvolvimento da soja em sucessão, caso esse intervalo sugerido não seja respeitado. Segundo o pesquisador, a parte aérea e o sistema radicular da soja são prejudicados, o que pode resultar em diminuição do potencial produtivo. 

Essas influências negativas do sorgo sacarino são produzidas por substâncias alelopáticas, ou seja, um processo natural da cultura, que envolve a liberação de metabólitos produzidos pela planta, que influenciam o crescimento e desenvolvimento de cultivos posteriores. O termo alelopatia foi criado pelo pesquisador austríaco Hans Molisch, em 1937, e deriva da união das palavras gregas allélon (de um para outro) e pathos (sofrer). O conceito descreve a influência de um indivíduo sobre o outro, no caso uma planta sobre a outra planta, seja prejudicando ou favorecendo a segunda, e sugere que o efeito é realizado por biomoléculas (denominadas aleloquímicos) produzidas por uma planta e liberadas no ambiente.

“Nesse caso, observamos que o sorgoleone, presente nos resíduos do sorgo sacarino, principalmente nas raízes, é o responsável pelo efeito desfavorável na cultura sucessora”, explica Arroyo. Ele salienta que o experimento foi conduzido em casa de vegetação e os resultados foram muito consistentes. Portanto, mesmo que em condições de campo os efeitos sejam atenuados, o crescimento da soja pode ser prejudicado.

Fonte: Christiane Congro Comas (foto: arquivo/assessoria)

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