A vacinação contra febre aftosa será suspensa em Mato Grosso em maio de 2021. Esse prazo também foi fixado para Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os 5 estados compõem o bloco 5, conforme organização geográfica para zonificação, estabelecida no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa).
O Plano vigora até 2026 e foi aprovado nesta segunda-feira pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por meio da Portaria nº 116, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) e que revoga a Portaria nº 194 de 29 de novembro de 1994. Os Estados que compõem os blocos 4 e 5 estão entre os últimos do país a suspender a imunização do rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa, ou seja, em maio de 2021.
Foram enquadrados no bloco 4 os estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e Tocantins, e Distrito Federal. “Em 2021 será feita a última vacinação no Brasil e em Mato Grosso”, resume o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa e delegado do Brasil na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Guilherme Marques.
Um ano antes, a vacinação deixará de ser obrigatória nos estados que compõem os blocos 2 (Amazonas, Amapá, Pará e Roraima) e 3 (Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte). Esses estados comunicarão a OIE em maio de 2020 sobre a suspensão da vacinação. Os estados do Acre e Rondônia, que compõem o bloco 1, lideram a ação de retirada da vacinação contra febre aftosa, em maio de 2019.
Neste mês começam a ser realizadas reuniões para implementação dos compromissos e ações prévias pactuadas pelos Estados. “Mato Grosso participa dessa 1ª reunião como convidado, assim como o Amazonas, por manterem fronteiras com o Acre e Rondônia, estados do bloco 1”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa. Representantes do Peru e Bolívia também foram convidados.
De acordo com o cronograma para transição de status sanitário, os estados dos blocos 2 e 3 começam a implementar as ações nesse sentido até o 2º semestre de 2019. Já os estados dos blocos 4 e 5 iniciam a transição até o 2º semestre de 2020. “Este novo plano vem após as sugestões feitas pelos Estados, tanto por parte dos Órgãos de Defesa como por parte das Associações e Federações”, lembra o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Guilherme Nolasco.