PUBLICIDADE

Pecuaristas de Mato Grosso são os que mais pagam por abate de animais após aumento no Fethab, diz Acrimat

PUBLICIDADE

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) informou que, com as alterações feitas nas alíquotas do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab), pelo governo de Mauro Mendes, os pecuaristas mato-grossenses pagarão, a partir de fevereiro, R$ 41,47, por animal abatido. O valor é mais que o dobro do que pecuaristas do  Mato Grosso Sul, por exemplo, contribuem atualmente: R$ 18,20. “Em uma comparação com outros estados produtores, a diferença da taxação cobrada dos mato-grossenses é ainda maior. Em Goiás, por cada animal abatido paga-se R$ 7,30. Já no Paraná esse valor é ainda menor, sendo R$ 4,30, por animal, e no Pará o custo de abate é de apenas R$ 3,40”, explica a entidade.

“Nossa competitividade ficou completamente prejudicada. O Governo não levou em consideração o fato de todas as demais contribuições que já arcamos na pecuária. Além disso, temos um custo de produção que só cresce a cada ano. A conta não vai fechar nos próximos meses e sequer a longo prazo. Fizemos de tudo para mostrar ao atual Governo como a cadeia produtiva da pecuária seria prejudicada com essa alteração na lei, mas foi em vão. Apesar de não ter ocorrido a unificação do Fethab 1 com o Fethab 2, os produtores vão trabalhar no limite ao longo destes quatro anos”, avalia o presidente da Acrimat, Marco Túlio Duarte Soares, se referindo às mudanças propostas pelo setor ao longo do último mês.

O valor que passará a valer se refere ao novo Fethab e a todas as contribuições que já são pagas pelos produtores: Guia de Transporte Animal (GTA), Fundo de apoio ao desenvolvimento da bovinocultura (FABOV) e ainda o Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa), sendo R$ 5,56, R$ 1,75 e R$ 2,19, respectivamente.

Antes da aprovação da lei, os pecuaristas já contribuíam com R$ 31,58, entre Fethab 1 (R$15,79) e Fethab 2 (R$ 15,79), além das demais taxas. No entanto, para exportações da carne e para animal em pé não havia cobrança do Fethab. Conforme o projeto inicial apresentado pelo governador Mauro Mendes e sua equipe econômica, além da unificação entre os dois Fundos com o valor de R$ 41,70, também passaria a ser cobrado R$ 0,17 por quilo de carne desossada e outros R$ 0,08 por quilo de carne com ossos e miúdos. Outra situação apresentada pelo governo foi a cobrança de R$ 41,70 de Fethab sobre animais em pé, por cabeça.

“Ainda conseguimos, com muita articulação e apresentando os impactos negativos, com que o valor da carne desossada, com osso e de miúdos ficasse em R$ 0,04. O Fethab não foi unificado e assim pagaremos pelos dois, por quatro anos, R$ 31,97. Sobre o animal em pé, conseguimos com que ficasse em R$ 31,97 e não os R$ 41,70. Somando-se a isso as demais contribuições. Agora, causa indignação a destinação desses recursos do Fundo, que o Governo deixou claro que irá investir apenas 30% em infraestrutura. O setor já adiantou que irá acompanhar, fiscalizar e cobrar esse retorno”, critica o presidente da Acrimat.

A assessoria da associação também informa que, mesmo sendo o maior produtor de gado do país, em Mato Grosso, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mais de 80% dos pecuaristas do Estado possuem até 290 cabeças de gado. Os dados mostram como a cadeia é formada, em sua maioria, por pequenos produtores e que serão diretamente atingidos pelas medidas anunciadas.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Exportações da soja de Mato Grosso tem forte queda em novembro

As exportações brasileiras de soja em novembro totalizaram 2,55...

Venda da safra de milho chega a 89% e preço médio aumenta

As vendas da safra 2023/24 de milho em Mato...

Venda da safra da soja em Mato Grosso chega a 99%

A comercialização da soja para a safra 2023/24 em...

Cotação do boi gordo em Mato Grosso cai 4,3%, diz IMEA

A demanda local pelo boi gordo ficou retraída, semana...
PUBLICIDADE