Com o novo status sanitário de país livre da febre aftosa com vacinação, a comercialização de carnes e animais vivos será facilitada tanto dentro quanto fora do Brasil. A avaliação é do superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi. “Isso mostra que o país, com um dos maiores rebanhos do mundo, tem se preocupado com as questões sanitárias. Isso passa mais credibilidade e segurança a compradores”, afirma.
Além do mercado de carne bovina, a expectativa é que a certificação beneficie outros setores, como o de suinocultura. “Não temos o mesmo risco [de outros países onde o vírus da febre aftosa circula], isso agrega valor muito grande às exportações, os mercados pagam bem melhor. Temos o ganho direto e o indireto”, explica Lucchi.
O reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) será oficializado nesta quinta-feira, em Paris. A partir de agora, o Ministério da Agricultura trabalha com outra meta. A intenção é retirar a vacinação contra a febre aftosa a partir de 2019. O plano deve começar pelo norte e seguir em direção ao sul, até alcançar todo o País, em 2023.
Hoje, apenas Santa Catarina tem esse reconhecimento. Até o início dessas ações, os rebanhos devem continuar a ser vacinados conforme as orientações do ministério.