Ao tomar posse nesta terça-feira, em uma solenidade, em Brasília, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, falou dos principais desafios do seu mandato e da necessidade de o sistema estar cada vez mais preparado para atender ao produtor rural.
O presidente da República, Michel Temer, ministros de Estado, parlamentares, lideranças do setor agropecuário, presidentes de Federações de Agricultura e Pecuária e sindicatos rurais, entre outras autoridades, estiveram presentes na solenidade de posse em Brasília. João Martins terá mandato de quatro anos (até 2021), juntamente com seis vice-presidentes e seis membros do Conselho Fiscal.
Na solenidade de posse foi assinado o termo de cooperação técnica e financeira entre o SENAR, Ministério da Transparência, Controladoria-Geral da União e o Instituto Cultural Maurício de Sousa para desenvolver o projeto “Um por Todos e Todos por Um! Pela Ética e Cidadania”. O publicitário Nizan Guanaes também fez uma palestra sobre o tema “O Agronegócio Brasileiro e a Visão para o Futuro”.
O presidente da CNA começou o seu discurso afirmando que hoje o “passado não pode ser mais o nosso único conselheiro” e que o “futuro é algo sempre novo e diferente” que requer uma “nova disposição mental”. “É com este estado de espírito que inicio este meu mandato, sabendo que o que nos espera, a mim, aos meus companheiros e colaboradores da CNA, e aos produtores rurais brasileiros, é uma realidade que se transforma de forma acelerada, contínua, e fora de nosso controle direto”.
No seu discurso, o presidente fez uma memória sobre a evolução da agricultura e pecuária e disse que o “efeito transformador de nossa revolução agrícola é certamente o fato mais importante de nossa história econômica recente e continua abrindo muitas perspectivas para o desenvolvimento futuro do país”.
Mas que é preciso que o estado brasileiro no seu conjunto (Executivo, Legislativo e Judiciário) compreenda e adote a agenda da produção rural e suas cadeias produtivas sem privilégios nem preconceitos. “O agro é espaço fundamentalmente da iniciativa privada e precisa do ambiente capitalista de respeito à propriedade, ao lucro e à liberdade de empreender. Nosso lema na CNA é que sem liberdade econômica não há agricultura”.
O presidente da CNA também falou dos problemas de infraestrutura e logística fora da porteira que afetam a competitividade e grupos organizados que atuam além de suas fronteiras nacionais e escolhem a produção rural como alvo predileto. “A agricultura precisa é de insumos modernos de tecnologia, de mercados livres, e não das palavras tóxicas da retórica ideológica”.
Ele lembrou que a pauta do setor é ampla e complexa, “nossas armas são apenas a razão e o convencimento, mas a nossa causa, tenho certeza, é do interesse de toda a nação brasileira”. E que é “preciso que produtores, pessoas ou empresas, sejam colocados sempre no alto pedestal das entidades imprescindíveis”.
E finalizou o discurso dizendo que “precisamos nos libertar do fascínio do estado e da burocracia, para nos tornarmos uma sociedade de empreendedores. Esta deve ser a nossa luta permanente”.
Em seu pronunciamento, o presidente Michel Temer destacou a importância do setor agropecuário para o país e afirmou que para fazer o que o Brasil precisa é necessário “passar pelo agro” e que o segmento protege a economia. “Os dados econômicos hoje estão ancorados na agropecuária”.
Ele também criticou a divisão que se faz hoje entre agricultura familiar e empresarial e elogiou o trabalho desenvolvido por João Martins à frente da CNA, além de mencionar a presença de representantes das 27 unidades da Federação na posse. Por último, disse que o agro pode contar com o governo federal para “a prosperidade do setor”.
Veja a composição da nova diretoria e do conselho fiscal da CNA:
Diretoria
– Presidente: João Martins da Silva Junior (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia – FAEB);
– 1º Vice-Presidente: Roberto Simões (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais – FAEMG);
– 2º Vice-Presidente: José Mário Schreiner (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás – FAEG);
– 1º Vice-Presidente de Finanças: José Zeferino Pedrozo (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – FAESC);
– 2º Vice-Presidente de Finanças: Muni Lourenço Silva Júnior (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas – FAEA);
– 1º Vice-Presidente de Secretaria: Mário Antônio Pereira Borba (Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba – FAEPA);
– 2º Vice-Presidente de Secretaria: Júlio da Silva Rocha Júnior (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo – FAES);
Conselho Fiscal
Efetivos:
– Maurício Koji Saito (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul – FAMASUL);
– Raimundo Coelho de Sousa (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão – FAEMA);
– Hélio Dias de Souza (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia – FAPERON).
Suplentes:
– Silvio Silvestre de Carvalho (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Roraima – FAERR);
– Luiz Iraçú Guimarães Colares (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá – FAEAP);
– Ivan Apostolo Sobral (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe – FAESE).