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Movimentação de carga via Arco Norte cresce 80%

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A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) divulgou, nesta quinta-feira, os Dados Estatísticos do Setor Aquaviário 2017. A análise do desempenho é uma ferramenta importante para os agentes do setor no balizamento de decisões e futuras ações de políticas públicas.

Segundo a ANTAQ, em 2017, o setor portuário brasileiro (portos públicos + terminais de uso privado) movimentou 1,086 bilhão de toneladas no ano passado. Esse valor corresponde a um crescimento de 8,3% em relação a 2016, quando foram movimentadas 1,002 bilhão de toneladas.

Em relação ao tipo de carga, destaque para o granel sólido. Em 2017, foram 695,4 milhões de toneladas movimentadas, um incremento de 10,3%. O milho e a soja se evidenciaram, com crescimento de 71,8% e de 31,5%, respectivamente, sobre 2016.

Quanto ao granel líquido, foram 230,2 milhões de toneladas movimentadas no ano passado, o que correspondeu a um crescimento de 3,8%. Destaques para a importação de derivados de petróleo (+32%) e para a exportação de petróleo bruto (+19%). A movimentação da carga geral solta também aumentou: 54,2 milhões de toneladas, um incremento de 7,6% em relação a 2016.

Quanto à movimentação de contêineres, registrou-se crescimento na movimentação tanto em tonelagem quanto em TEUs ( na sigla em Inglês, Twenty Foot Equivalent Unit, referente à Unidade Equivalente de Transporte, com tamanho padrão de contêiner intermodal de 20 pés). Para o primeiro, movimentação de 106,2 milhões de toneladas (+6,1%). Em relação ao segundo, 9,3 milhões de TEUs (+5,7%).

Em relação ao tipo de instalação, tem-se que os terminais de uso privado movimentaram 721,6 milhões de toneladas em 2017, um crescimento de 9,3% em relação a 2016, quando foram movimentadas 660 milhões de toneladas. Os portos públicos movimentaram 364,5 milhões de toneladas, um incremento de 6,3% sobre 2016, quando foram movimentadas 342,8 milhões de toneladas.

“Vale destacar que se analisarmos de 2010 a 2017, houve importantes crescimentos na movimentação”, afirmou Fernando Serra, gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ, referindo-se aos seguintes números: aumento de 22,7% na movimentação de carga nos portos públicos; de 32,9% nos terminais de uso privado; e no total, crescimento de 29,3%.

Um dos destaques foi à movimentação da região do Arco Norte: (Porto Velho (RO), Miritituba (PA), Santarém (PA) Itacoatiara (AM), Barbacena (PA), Itaqui (MA)), com 51,2 milhões de toneladas, representando um aumento de 80%, em relação ao ano passado. A concentração se deu no escoamento da soja e do milho.

Na avaliação de Fernando Serra, a efetivação de investimentos para a região Norte e Nordeste, de forma a proporcionar capacidade de movimentação para Portos Públicos e Privados contribuiu para o excelente desempenho. O gerente deu o exemplo de que Portos Públicos como Itaqui-MA, Santarém-PA e Porto Velho-RO, se aparelham cada vez mais na adequação de suas infraestruturas e superestruturas, de forma a estarem capacitados ao crescimento das demandas por movimentação.

“Além disso, também há investimentos na ampliação e na implementação de novos portos privados, notadamente nas regiões de Miritituba e Barcarena. Desses portos, a soja e o milho saem para o mercado externo, atendendo, principalmente a destinos na Ásia e Europa”, explicou Serra.

Levando-se em conta a navegação, a Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ também registrou crescimento na movimentação. No longo curso, foram 803,3 milhões de toneladas movimentadas, um aumento de 8% em relação a 2016. Na cabotagem, 221,8 milhões de toneladas (+3,8%). Na navegação interior, a maior variação: crescimento de 37,8%, com 57,3 milhões de toneladas movimentadas. As navegações de apoio portuário e apoio marítimo movimentaram 3,6 milhões de toneladas.

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