O ministro Blairo Maggi começa a renegociar, esta tarde, em Washington a reabertura do mercado dos Estados Unidos à carne bovina in natura brasileira. As importações por parte dos americanos foram suspensas mês passado. Ele se reunirá com o secretário de Agricultura americano Sonny Perdue e detalhará as medidas adotadas pelo Brasil para atender exigências sanitárias norte-americanas.
Também serão informadas as providências que o Ministério da Agricultura tomou em relação a reações à vacina contra aftosa detectadas pela área de defesa sanitária dos EUA. Uma delas foi a determinação a frigoríficos que carnes in natura de cortes dianteiros (local de aplicação da vacina) sigam apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras, a fim de identificar facilmente eventuais problemas.
A medida ocorre após o USDA ter aumentado em março a realização de testes para a carne fresca e produtos prontos de carne do Brasil, como precaução após a operação policial Carne Fraca, que revelou um esquema ilegal de fornecimento de produtos alimentícios alterados ou adulterados com a participação de empresários e fiscais do Ministério da Agricultura. Desde que as checagens foram intensificadas, a agência do governo dos EUA rejeitou 11 por cento dos produtos de carne fresca do Brasil, acima da taxa de rejeição de 1 por cento para embarques do restante do mundo. A Retures informa que, de janeiro a maio, as exportações de carne bovina in natura do Brasil aos EUA somaram 4,68 mil toneladas, o equivalente a 18,9 milhões de dólares, de acordo com dados da Abiec, associação de exportadores
Nesta terça-feira, também em Washington, o ministro tem reunião com Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos. No fim da tarde, retorna ao Brasil.