Os fundos de hedge aumentaram suas apostas sobre o milho até o fechamento da sessão desta quinta (20) na Bolsa de Chicago (CBOT), num “ritmo recorde já que as moléstias climáticas ameaçam a cultura nos Estados Unidos”, como resumiu o analista de Agrimoney.
Assim, puxados pelas compras, os contratos de 2017 fecharam com variações positivas idênticas, em 8,5 pontos, praticamente dobrando a variação de parte das operações da manhã e em mais de 2 pontos das pontuadas no começo da tarde. O setembro fechou em US$ 3,91 e o dezembro a US$ 4.04.
De carona, os dois contratos com vencimentos em 2018 já abertos, como março e maio, exibiram negócios na ponta superior, com 8,25 e 7,75 pontos, respectivamente US$ 4,15 e US$ 420,00.
A rigor não há muito a acrescentar sobre os fundamentos que estão martelando a especulação dos traders há mais de dois pregões: o mercado clima.
Jason Roose, analista de grãos de commodities dos EUA, diz que continua sendo um mercado impulsionado pelo clima.
“Continuamos a desenvolver prémios nos mercados de grãos com tempo quente e seco e cenas de cultura atuais. As estimativas de rendimento reduzido também estão ajudando os grãos a esses preços atuais “, disse Jason Roose, analista de commodities de Chicago ao portal Agriculture.
Milho interior
No mercado físico, o cereal disponível permaneceu em estado de retração, praticamente sem variações nas principais praças, o que indica movimentos comerciais se poder de influir na precificação.
No Paraná, praças com boa oferta de milho safrinha, como as do Oeste e Norte, mantiveram a saca nos mesmos patamares dos últimos dias: Cascavel R$ 17,50 e Londrina idem, por exemplo.
No Mato Grosso, depois de fortes movimentos de pressão até a colheita atingir os 50%, a saca de milho estancou as perdas. Os produtores mantiveram os R$ 10,50 em Sorriso, os R$ 14,00 em Campo Novo do Parecis, ou R$ 15,50 em Tangará da Serra e Primavera do Leste.
Rondonópolis segue com a saca mais cara no estado, R$ 18,00.