A cotação atual do milho está 30,24% inferior à média verificada em fevereiro de 2017 em Mato Grosso. O preço do cereal é um dos fatores decisivos na definição da área plantada, que este ano deve alcançar 4,460 milhões de hectares, segundo estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Dessa área, a previsão é que sejam colhidas 25,404 milhões de toneladas.
Comparada com a temporada anterior, quando foram cultivados 4,738 milhões (ha) e produzidas 30,451 milhões (t), haverá queda de 5,9% na área e de 16,60% na produção. Atualmente 46,32% da área prevista para ser ocupada com milho já está semeada. Apesar do avanço no plantio na última semana, ainda persiste um atraso de 12,07 pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2017.
No fechamento da última semana, o preço do milho oscilava entre o mínimo de R$ 15,80 (saca de 60 quilos) em Sorriso (a 420 km ao Norte de Cuiabá) ao máximo de R$ 20,40/saca em Campo Verde (a 131 km ao Sul de Cuiabá). “A realidade de preços para o milho que ainda será colhido varia entre R$ 15 e R$ 16 (saca) em Mato Grosso.
Já para o milho disponível o preço é maior, chega a R$ 18”, comenta o diretor da corretora de grãos Centro Grãos, João Birkham. Conforme ele, a tendência do mercado é de elevação nos preços, já que há risco de quebra de safra no sul do Brasil e na Argentina. “O clima está muito adverso nessas regiões e na Argentina a seca tem atrapalhado. Isso pode diminuir a produção mundial”.
Birkham lembra que antes da desvalorização dos preços do cereal em meados de 2017, quando a saca chegou a ser comercializada por R$ 11, o cereal atingiu valor recorde Preço do cereal é um dos principais fatores na hora de plantar de R$ 35 em Mato Grosso.