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Mato Grosso tem mais mercados internacionais para vender carne, prevê presidente da Acrimat

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Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

“Estamos começando um novo ano. Depositamos toda nossa confiança nesse ano, já que começamos bem. A China suspendeu o bloqueio um pouco antes do Natal e acreditamos que isso venha a refletir em toda nossa rentabilidade, já que o Brasil abriu novos e importantes mercados, como Estados unidos, Rússia e quase todo o sudeste asiático. Agora temos mais opções para escoar nosso produto mundo afora, além de atender nosso mercado interno, que consome 70% da nossa produção”. A projeção é do presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro Júnior, com a retomada das exportações de carne bovina para a China, em meados do mês passado, que movimentou o setor pecuário no final do ano.

Oswaldo acrescenta que o retorno do comércio para o país asiático, aliado aos novos mercados que o Brasil conquistou, como Estados Unidos e Rússia, devem fortalecer a atividade pecuária esse ano. Sendo assim, o ano de 2021 não será parâmetro, uma vez que o cenário de pandemia já estará sob controle com o advento das vacinas e o mercado deve ser um pouco mais regulado com as intenções de venda baseado na relação entre “oferta e demanda”, apesar da previsão de aumento da inflação.

A expectativa é de que este ano, com a consolidação do retorno da comercialização junto ao mercado chinês, ocorram menores variações nas cotações do boi gordo ante o momento observado em 2021. Porém, por se tratar de um ano de eleições majoritárias, a atenção aos preços deve ser redobrada.

Além disso, é esperado um leve acréscimo na oferta de bovinos fêmeas ao abate, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o que indica um início de inversão de ciclo para a pecuária e, como consequência, os preços do bezerro tendem a ser pressionados, já que são dois anos de retenção de matrizes no Estado.

Outro ponto que também merece atenção do produtor neste ano é o acompanhamento e planejamento do custo em relação aos ganhos, especialmente devido às eleições majoritárias – o que pode deixar o mercado muito restrito a grandes negociações.

“Além dos aspectos de mercado, o produtor teve ficar atento esse ano, por conta das eleições, que podem provocar muitas variações nos preços durante todo ano. O produtor deve se atentar a esse fato, principalmente, no segundo semestre. Os preços dos insumos ainda devem permanecer altos, obrigando o produtor a fazer sempre suas contas, seja na compra, seja na venda de sua produção”, enfatizou o presidente, através da assessoria da Acrimat.

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