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Greve gera R$ 163 milhões em prejuízos para esmagadoras de soja e frigoríficos em Mato Grosso

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Funcionamento de indústrias também é prejudicado em Mato Grosso em função da paralisação dos caminhoneiros e transportadores de cargas. Cerca de 40% dos 40 frigoríficos em operação no Estado estão com as atividades suspensas, calcula o Sindicato das Indústrias Frigoríficas (Sindifrigo/MT). Os números tendem a aumentar nos próximos dias e os prejuízos ultrapassam R$ 163 milhões em 4 dias.

Treze indústrias de processamento de soja, produção de farelo, de óleo vegetal e de biodiesel estão paradas, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). As esmagadoras do Estado processam cerca de 35,909 mil toneladas por dia de oleaginosas e são responsáveis por 21,1% da produção do país.

Paulo Bellincanta, vice-presidente do Sindifrigo/MT, informa que a paralisação deve atingir 80% das plantas hoje e a tendência é que todas as unidades fechem as portas a partir de segunda-feira (28), se o bloqueio das rodovias continuar na próxima semana. “Não tem como escoar a produção. Mesmo aqueles frigoríficos que teriam como puxar animais não conseguem porque as câmaras frias estão abarrotadas, por causa destes 4 dias de paralisação”.

Nem mesmo as liminares judiciais conseguem liberar os bloqueios nas rodovias e o setor que emprega cerca de 17 mil pessoas no Estado está com o faturamento comprometido. “Solicitamos que o governo encontre uma saída emergencial e depois busque soluções técnicas para a questão”. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou comunicado e alerta que ainda não houve a liberação das cargas vivas em vários pontos de parada do movimento de greve nas estradas. “Há casos de animais com mais de 50 horas sem alimentação”.

Mais de 120 plantas frigoríficas (de carne de frango, perus, suínos e outros) estão paradas. “Os danos ao sistema produtivo são graves e demandarão semanas até que se restabeleça o ritmo normal em algumas unidades produtoras”, estima a ABPA. Por meio de nota, JBS e Marfrig afirmam que estão monitorando os impactos da greve e adotando medidas em suas operações, que inclui a paralisação de algumas unidades, por não conseguir escoar a produção, mas não afirmam se unidades de Mato Grosso estão na lista.

A BRF não retornou à reportagem até o fechamento da edição. Na quarta-feira (23), a empresa informou a paralisação temporária das atividades da unidade de Nova Marilândia.

Antônio Bornelli Filho, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat/MT), informa que a greve ainda não atingiu o funcionamento das indústrias, mas estas não estão conseguindo realizar entregas. Não descarta que os laticínios poderão fechar as portas nos próximos dias, se os bloqueios continuarem. “Não acredito em prejuízo (ao setor), até porque a falta vai provocar a alta no preço. As consequências são imprevisíveis”.

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