Empenhado no barateamento do frete para o escoamento da produção, o governo de Mato Grosso trabalha para ajudar na implementação de ferrovias que considera essenciais para infraestrutura do Estado, sendo elas Rumo\Ferrovia Vicente Vuolo (Ferronorte), Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e Ferrogrão. A Rumo Logística passou a explorar em abril de 2015 o trecho que atualmente liga o Porto de Santos a Rondonópolis, chamado Rumo Malha Norte S.A. A proposta é estender os trilhos da ferrovia até Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. Uma das condições da empresa para isso era a renovação da outorga da malha paulista, o que foi obtido em maio deste ano.
Com a pendência resolvida após contrapartida de investimento de R$ 7 bilhões no Estado de São Paulo, onde fica a parte mais antiga dos trilhos, da época dos cafezais, a diretoria da empresa luta pela expansão dos trilhos em Mato Grosso, ao lado do governador Mauro Mendes e da bancada mato-grossense em Brasília.
A autorização está a cargo do Ministério da Infraestrutura e estão previstos investimentos que variam entre R$ 9 bilhões e R$ 11 bilhões em caso de resposta positiva.
O terminal intermodal de cargas de Rondonópolis foi inaugurado em setembro de 2013. Há também os de Alto Taquari, Alto Araguaia e Itiquira. Atualmente, a malha ferroviária de Santos a Rondonópolis transporta aproximadamente 30 milhões de toneladas, enquanto a expectativa com a expansão para Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde é chegar a 75 milhões de toneladas.
Com extensão de 348 quilômetros, a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) vai propor uma opção logística eficiente para o escoamento da produção de grãos da região Centro Oeste, principalmente de Mato Grosso, em direção aos grandes portos brasileiros, como Itaqui, no Maranhão, ou o Porto de Santos, mediante os trilhos da Rumo Malha Norte S\A.
Com a aprovação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) pela renovação antecipada da concessão da Ferrovia Vitória\Minas, da Companhia Vale, parte do valor da outorga será usado na implantação da Fico, entre Água Boa e Mara Rosa, em Goiás, onde os trilhos vão se conectar com a Ferrovia Norte-Sul.
Conforme o Ministério da Infraestrutura, as obras da Fico estão previstas para começar no início do próximo ano, beneficiando primeiramente a região do Vale do Araguaia.
Uma iniciativa das próprias tradings, a Ferrogrão conta com 1.142 quilômetros às margens da BR-163, no trecho entre Sinop e o porto fluvial de Miritituba (PA). O projeto foi apresentado em 2014, sendo que à época eram sócias no projeto Amaggi, ADM, Bunge, Cargill, Dreyfus e a EDLP. Estudos apontam que a obra custará R$ 12,6 bilhões ao longo de cinco anos.