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Galvan diz que falta contundência para cobrar temas de interesse do setor agrícola no Estado

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Cobrar ações contundentes em temas de interesse do setor agrícola no Estado. Esta é a principal justificativa que, segundo Antônio Galvan, o motivou a entrar na disputa pela presidência da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). “Não houve consenso de chapa única por divergência de ideias. Principalmente, em relação a temas polêmicos que a gente tem há muitos anos e não se faz uma ação de cobrança de forma mais contundente”, resumiu ao Só Notícias/Agronotícias.

Ele citou como exemplo, a situação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), imposto que, como o próprio nome diz, foi criado para financiar obras de infraestrutura e habitação no Estado. “O governo cria a lei e obriga a gente depositar o recurso. O Estado arrecadou, este ano, entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão. E ainda estamos com grave problemas nas estradas. Este imposto está sendo usado para outro fim. Tem regiões que você não consegue ir, como Colniza e Juruena. É absurdo! As pessoas querem ter o direito de ir e vir, de transportar seus produtos, mas o recurso está sendo desviado para outra finalidade e ninguém faz nada”.

Outro exemplo dado pelo candidato é a cobrança sobre a classificação dos grãos no Estado. “Hoje há um dilema muito grande na classificação: há divergência de entendimento sobre o grão que está avariado e o que não está. A gente tem que clarear o entendimento. Eu não posso aceitar que um classificador diga que está avariado e outro diga que não está. Tem que ter normativa mais clara. É uma ação política junto ao Ministério da Agricultura. Temos pesquisas que mostram que o grão avariado é aproveitável. Tem que haver remuneração para o produtor. A empresa não pode levar de graça. Infelizmente, a comissão da Aprosoja responsável por este assunto, em dois anos, não fez nada”.

Galvan também prometeu que, caso eleito, pretende trabalhar pela interiorização da entidade. “Lá atrás, falamos de fazer uma Aprosoja mais voltada ao produtor, às demandas, estar mais presente. Interiorizar a entidade. Isso caiu no esquecimento”, afirmou, complementado que pretende “tomar posição contundente para salvaguardar os direitos dos produtores”.

Além de Galvan, também concorre ao cargo de presidente da Aprosoja Elso Pozzobon, pela chapa de situação “Integrar para fortalecer”. Cada chapa é composta por 14 nomes, que serão responsáveis pelos cargos de presidente, vice-presidente, vice-presidente regional, diretor administrativo e diretor financeiro.

No dia 13 de novembro, os cerca de 5 mil associados vão às urnas escolher, por voto direto, os líderes dos próximos três anos. Também serão eleitos 158 delegados, líderes responsáveis por conectar a base de associados à diretoria. Atualmente, a Aprosoja tem 24 núcleos espalhados pelos municípios com maior produção de soja e milho em Mato Grosso.

Criada em 2005, a Aprosoja é uma entidade do terceiro setor que faz a representação política de classe dos agricultores que plantam soja e milho no Estado. Todos os cargos de liderança que compõem sua governança são ocupados por produtores rurais voluntários, de forma não remunerada.

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