O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Nilson Leitão, se reuniu, hoje, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e representantes do setor pecuário analisando alternativas para enfrentar a crise gerada a partir da operação carne fraca, em março deste ano, e a recente suspensão da importação de carne bovina fresca pelos Estados Unidos devido a preocupações sanitárias. “A grande novidade que marca este novo momento vivido pelo setor é a organização de toda a cadeia produtiva para resolver as questões mais urgentes, ou seja, sempre estivemos de costas um para o outro, o produtor de costas para o frigorífico e assim por diante”, disse Leitão.
Segundo ele, a partir desta união, iniciada em Cuiabá, por grandes entidades como a Associação dos Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e o Governo do Estado, será mais fácil superar a crise e sensibilizar o governo federal. “Chamamos a CNA e conseguimos colocar toda a cadeia produtiva na mesa para discutir a modernização do setor com harmonia e tranquilidade” ressaltou.
Blairoi informou que a Pasta já trabalha favoravelmente às sugestões apresentadas em julho deste ano, pela FPA, para enfrentamento da crise. “Estamos trabalhando internamente para apresentar as melhores soluções que contemplem o setor”.
No início do mês, o presidente da FPA apresentou ao MAPA três ofícios com sugestões específicas para atenuar a crise do setor pecuário, melhorar a eficiência do sistema de inspeção, com foco em ações que coíbam fraudes e com proposta de nova orientação para vacinas contra a febre aftosa.
Entre as propostas, está a verticalização da linha de comando da inspeção, diminuindo o número de intermediários, e a adoção de um novo modelo, mais moderno e eficiente. O documento também traz recomendações sobre a vacinação contra a febre aftosa como, por exemplo, a priorização pela via de aplicação subcutânea, a fim de minimizar o risco de a vacinação causar abcessos ou lesões, e a retirada da saponina dentre os componentes da vacina.
Com o objetivo de sanar irregularidades no Sistema de Inspeção Federal a fim de diminuir os problemas constatados na Operação Carne Fraca, a FPA solicitou ainda a realização de auditoria interna no Ministério da Agricultura para apurar os desvios de conduta profissional praticados por servidores e puni-los com as medidas cabíveis.
A informação é da assessoria.