domingo, 19/maio/2024
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Força-tarefa começa a monitorar escoamento da safra via BR-163

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O governo federal criou uma força-tarefa para antecipar problemas e promover ações emergenciais para evitar os transtornos causados pelas chuvas desta época do ano nos dois trechos ainda não pavimentados da BR-163, no Pará. São 90 quilômetros – 59 em Novo Progresso e 31 entre Santa Luzia a Trairão. O restante da rodovia está asfaltado. Do total de 710 quilômetros, da divisa do Mato Grosso até os portos do Arco Norte, 620 já foram pavimentados. Mais de 23,8 milhões de toneladas foram escoados por estes portos na última safra.

Além do DNIT, a força-tarefa criada por meio de portaria em dezembro, será reforçada por representantes do Exército Brasileiro (EB), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Casa Civil da Presidência da República. Em fevereiro deste ano, as chuvas intensas causaram atoleiros e congestionamentos na rodovia, que geraram impactos em todo o setor.

Em alguns trechos, situados em Bela Vista do Caracol, os congestionamentos atingiram 50 quilômetros e cerca de 3 mil caminhões carregados de soja ficaram atolados. O trecho foi recuperado durante o ano, com terraplanagem e drenagem numa parte e revestimento primário de rocha britada em outra (conforme foto), para suportar o tráfego intenso de caminhões.

A partir desta sexta-feira, agentes do DNIT estarão posicionados nestes trechos em obras para monitorar e controlar o tráfego, acionar as equipes de manutenção com caminhões-tanque, carrocerias e maquinários, realizar serviços emergenciais de aterro e drenagem e retenções em locais com infraestrutura.

Além disso, o DNIT firmou um termo de compromisso com o aplicativo de trânsito e navegação Waze especificamente sobre a BR-163. Pela parceria, o DNIT vai contribuir com informações públicas para alertar sobre a situação de todos os trechos de maior movimento rodovia.

A safra 2016/2017 chegou a 220 milhões de toneladas. Com exceção da safra 2015/2016, que sofreu leve queda por condições climáticas, a produção brasileira de grãos vem batendo novos recordes a cada ano, ancorada, principalmente, pela produção de soja e milho. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que, em 2014/2015, as lavouras de soja do país renderam 96,2 milhões de toneladas, 11,8% a mais que na safra passada, enquanto que a do milho registrou 84,7 milhões de toneladas, avanço de 6% sobre o ciclo anterior.

A soja e seus derivados e o milho se destacam como os principais produtos da balança comercial brasileira. Para se ter ideia, em 2015, o volume do complexo de soja exportado foi de 70,8 milhões de toneladas – 14,6% de toda a exportação do país, que geraram US$ 27,96 bilhões de receita.

Do volume total de soja, derivados e milho exportado, 41% saíram pelo corredor Sul, 39% pelo Sudeste, 7% pelo Nordeste e 13% pelo Norte, formado pelas rodovias federais do Mato Grosso, Pará e Rondônia. Embora o volume de exportação pelo Norte ainda não seja tão significativo, as rotas da região são apontadas como uma alternativa para escoar a produção e desafogar os portos do Sul e do Sudeste.

O ministro Quintella afirma que a relevância do Corredor Norte é motivo suficiente para que nunca mais aconteça o que houve no último mês de fevereiro, em pleno escoamento da safra de soja. O intenso volume de chuvas na região, combinado às difíceis condições de alguns trechos da rodovia, praticamente paralisaram a BR-163. Havia quilômetros de filas de caminhões que se dirigiam aos portos de Miritituba e Santarém. O trecho entre Vila Planalto e Miritituba foi o mais atingido. A rodovia só voltou a funcionar após a intervenção do MT, que coordenou um Grupo de Trabalho para desbloquear a estrada.

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