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Embargo russo à carne brasileira se aproxima do fim

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O embargo russo à carne brasileira está prestes a terminar, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O governo daquele país se compromete a avaliar com o máximo de celeridade a reabertura do mercado ao produto, uma vez que o Brasil é um importante fornecedor. A declaração de Sergey Dankvert, chefe do Serviço Federal de Supervisão Veterinária e Fitossanitária (Rosselkhoznadzor) da Rússia, foi apresentada ao secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel, na Alemanha.

A possibilidade de reabertura anima o setor produtivo estadual, já que o país é um dos maiores importadores da carne brasileira. Somente em 2017, a Rússia comprou US$ 116,083 milhões em carnes mato-grossenses. O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel, que está em Berlim (Alemanha) participando do Fórum Global para a Alimentação e a Agricultura (GFFA), comentou que a reunião com o representante russo aconteceu em clima amistoso. “Foi colocado que o Brasil é um grande parceiro da Rússia com relação às carnes em geral, e que é muito importante que a gente resolva o quanto antes todas as pendências com relação às notificações feitas no ano passado sobre a ractopamina”, disse sem fazer previsão sobre a retomada das vendas.

O ingrediente usado nas rações, explica ele, promove o crescimento de animais e apesar de ser autorizado no Brasil é restrito em países como China e Rússia. “O Brasil desenvolveu um sistema muito robusto de segregação que permite que a gente produza sem este produto e consiga conquistar mercados”. Para suspender o bloqueio, Rangel entregou a documentação que comprova a eficiência do sistema de segregação brasileiro. “Fizemos as entregas que prometemos aos russos e vamos aumentar a participação no mercado agropecuário, principalmente com a importação de trigo”.

Luciano Vacari, diretor-executivo da Acrimat, comenta que a Rússia é um importante mercado da carne brasileira e mato-grossense. “No ano passado, foram responsáveis pela importação de US$ 42 milhões das indústrias do Estado. O embargo precisa ser revisto e a base técnica precisa ser respeitada na relação comercial internacional. A carne brasileira tem qualidade comprovada e atestada por mercados exigentes e segue todas as recomendações dos importadores”.

Vice-presidente do Sindifrigo/MT, Paulo Bellincanta, endossa a defesa de reabertura do país. “O mercado russo é importante para toda a cadeia da carne brasileira. Um dos melhores e maiores. Faz realmente muita falta este mercado para o nosso produto”.

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