sexta-feira, 3/maio/2024
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Embargo europeu à carne brasileira afeta dois frigoríficos em Mato Grosso

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Dois frigoríficos de Mato Grosso, em Várzea Grande e Nova Mutum, estão proibidos de exportar carne (de frango e bovina) aos países da União Europeia a partir de hoje (16). Pertencem à BRF, que teve 12 plantas retiradas da lista de exportadores pela Comissão Europeia na segunda-feira (14). Em todo o país, o embargo atinge 20 indústrias.

A medida é decorrente da Operação Trapaça, deflagrada em 5 de março pela Polícia Federal, por suspeita de fraudes no sistema de vigilância sanitária. Com o fechamento do mercado, há expectativa de queda no preço do frango, produto que deixará de ser embarcado ao bloco europeu. Em nota, a BRF afirma que não concorda com a decisão, “pois a mesma parece ter sido motivada pela proteção do mercado local e não por questões de saúde e qualidade, conforme anunciado recentemente Ministério da Agricultura (Mapa)”.

A companhia complementa que está reorganizando as atividades e avaliando as melhores alternativas para a produção futura. A BRF defende que a decisão impacta na balança comercial brasileira como um todo “visto a expressiva contribuição da companhia no saldo positivo das exportações”.

Argumenta que o setor da avicultura é um dos principais geradores de empregos do Brasil, com cerca de 3,5 milhões no país. Apenas na BRF, 65 mil colaboradores diretos atuam nas fábricas. “A BRF reitera que pretende fazer valer seus direitos perante os órgãos europeus competentes e apoia integralmente as ações do governo brasileiro perante a Organização Mundial do Comércio (OMC), com o objetivo de continuar a atender seus clientes na Europa a partir de suas instalações industriais brasileiras”, diz em nota.

O economista Carlos Theobaldo de Souza avalia que a partir do recente fechamento, a tendência é de queda no preço do produto. “Os preços tendem a diminuir a partir do momento em que vai sobrar mais produto no mercado interno, pelo menos em um 1º momento, apesar de que as granjas já pararam de produzir porque não estão comprando. Em um 2º momento, os frigoríficos devem reduzir e podem até cancelar os abates. Por isso, os estoques podem ser colocados no mercado interno com redução de preço momentânea e depois subir novamente”.

O secretário executivo da Associação Mato-grossense de Criadores de Aves (Amav), Lindomar Rodrigues, foi procurado mas não respondeu à reportagem. O Mapa e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) não retornaram até o fechamento da edição.

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