O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou, nesta segunda-feira, a 3ª Estimativa de Oferta e Demanda do Milho em 2017. Segundo o relatório, Mato Grosso deve absorver mais milho produzido, “movido pelas expectativas de aumento no número de animais confinados no Estado e pelo avanço na demanda para a produção de etanol”. O Estado, segundo o Imea, deve consumir 4,52 milhões de toneladas do cereal da safra 2016/17, aumento de 25,7% em relação à safra 2015/16.
Ainda conforme o Imea, a previsão do consumo interestadual não sofreu modificação e continua em 6,48 milhões de toneladas. “Visto que, depois da falta de milho no mercado e de preços recordes do cereal, muitas empresas de outros estados tentaram garantir o milho para suas necessidades e se protegerem de uma possível nova elevação nos preços”, justifica o instituto.
Sobre as exportações, o Imea aponta que os leilões públicos vêm dando um grande aporte ao escoamento do produto, contudo, a necessidade de exportação do cereal continua elevada, “sendo projetado que 17,52 milhões de toneladas de milho sejam enviadas ao exterior, aumento de 110,18% em relação ao consolidado na última safra”.
Também de acordo com o instituto, outro importante fator na demanda do milho mato-grossense está relacionado com as aquisições públicas para a safra 2016/17, previstas em 1 milhão de toneladas, em contratos de opção emitidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Devido ao atual cenário mercadológico do cereal no Estado, essa opção tende a ser exercida em sua totalidade pelos produtores”.
O Imea manteve a perspectiva de produção da safra 2016/17 de milho em Mato Grosso em 30,4 milhões de toneladas. “Produção esta, que se fundamenta nos excelentes resultados obtidos no campo, que por sua vez, foram resultados do clima favorável ao desenvolvimento do milho segunda safra no Estado. Assim, com os estoques iniciais na ordem de 200 mil toneladas, a oferta total de milho referente a safra 2016/17 foi prevista em 30,47 milhões de toneladas”.