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Créditos para produtores pode segurar preços nas prateleiras de mercados em Mato Grosso, diz presidente da Aprosoja

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

Produtores rurais poderão contar com orçamento de R$ 251,2 bilhões de investimentos por meio do Plano Safra 2021/2022, lançado pelo Governo Federal. O valor retrata aumento de R$ 14,9 bilhões (6,3%) em relação ao plano anterior. Serão destinados R$ 177,78 bilhões ao custeio e comercialização e R$ 73,4 bilhões para investimentos. Os recursos relativos a investimentos tiveram aumento de 29%.  

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), participou da construção do planejamento com a proposta de direcionamento de recursos para o Programa de Construção de Armazéns (PCA), e a equalização das taxas de juros do crédito agrícola.

Na sugestão encaminhada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Aprosoja indicou o aumento de recursos para o PCA para 3 bilhões à taxa de 5%. Também fez parte das propostas, a destinação de 50% dos recursos previstos para o PCA, especificamente para estruturas de armazenagem a atenderem pequenas e médias propriedades, construídas individualmente ou através de condomínios de agricultores, exceto armazéns gerais. 

O governo anunciou o valor de 4,12 bilhões ao PCA, o que representa acréscimo de 84% em relação ao plano passado, valores suficientes para aumentar em até 5 milhões de toneladas a capacidade instalada, e capazes de implantar cerca de 500 novas unidades de armazenagem. Para armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas nas propriedades, a taxa de juros é de 5,5% e para maior capacidade a taxa é de 7% ao ano, com carência de três anos e prazo máximo de 12 anos.  

De acordo com o presidente da Aprosoja, Fernando Cadore, a disponibilidade do acesso ao crédito para o pequeno e médio produtor mitigaria a pressão sazonal sobre a infraestrutura logística, além de garantir a disponibilidade interna de produtos agrícolas. “É uma questão de segurança alimentar. O agricultor ganha por ter onde guardar a sua produção e não comercializar de forma tão antecipada, e a sociedade tem alimento disponível sem oscilações de preços nas prateleiras dos mercados”, explicou. 

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