O iminente aumento nos preços das tarifas de pedágios na BR-163 não foi bem recebido pelo setor agrícola. Para o coordenador de Logística da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Antônio Galvan, o reajuste vai pesar no bolso dos agricultores no Estado. “Vai onerar mais um pouco. O caminhoneiro vai querer repassar o valor no frete e vai impactar no nosso produto. Os preços já estão defasados. Agora, vai piorar ainda mais”, disse, ao Só Notícias/Agronotícias.
Segundo Galvan, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) havia prometido não liberar o aumento, enquanto não se resolvesse o impasse na duplicação da rodovia. “Tinha esta promessa na ANTT de não autorizar o reajuste. Agora, eu vi esta notícia. Não é correto. As obras estão paradas e só estão fazendo manutenção após muita briga nossa”, afirmou.
O reajuste da cobrança da tarifa de pedágio está previsto para iniciar na primeira hora do dia 6 de setembro. Os novos valores serão aplicados nas nove praças de pedágio da rodovia federal, nos trechos sob concessão da Rota do Oeste.
A definição do reajuste é de responsabilidade da ANTT. O órgão, assim que concluir os cálculos, fará a publicação do índice, no Diário Oficial da União (DOU), assim como as justificativas para chegar aos novos valores adotados. A medida está prevista em contrato e é realizada uma vez por ano, sempre na data em que teve início a cobrança da tarifa.
Atualmente Sorriso é o pedágio mais caro R$ 7. Nas outras praças são cobrados os seguintes valores: Itiquira R$ 4,50; Rondonópolis R$ 5,10; Campo Verde/Santo Antônio do Leverger R$ 4,10; Cuiabá/Santo Antônio do Leverger R$ 4,10; Acorizal/Jangada R$ 5,50; Diamantino R$ 4,60; Nova Mutum R$ 3,80 e Lucas do Rio Verde de R$ 4,90.