A produção de castanhas nativas (castanha-do-pará, de caju e baru) e cultivadas (pecan e macadâmia) deve ajudar a impulsionar as exportações brasileiras. A expectativa é que vendas externas saltem dos atuais US$ 200 milhões para US$ 1 bilhão em 10 anos, segundo o vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e diretor da Divisão de Nozes e Castanhas do Departamento do Agronegócio da Fiesp, José Eduardo Mendes de Camargo. No mercado interno, o consumo do produto cresce entre 6% e 8% ao ano.
Em audiência com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, nesta quarta-feira, Camargo, acompanhado de representantes do setor produtivo, pediu apoio para ampliar a participação dessa atividade no agronegócio brasileiro, como o acesso a linhas de crédito e revisão de regras tributárias. Isso, assinalou, tem favorecido a evasão do produto pela Bolívia.
O ministro disse ser possível atender ao setor também com linhas de crédito para cultivo do Plano Agrícola e Pecuário. O diretor da Fiesp observou que as castanhas representam alternativa rentável do agronegócio, em função de serem consideradas, principalmente, como alimento funcional, com grande consumo no mercado doméstico.