Neste primeiro pregão de 2018, as bolsas norte-americanas retomam seus negócios somente no pregão viva-voz desta terça-feira, 2 de janeiro, que deve se iniciar por volta de 12h (horário de Brasília). Até lá, os números que aparecem em nossa página inicial ainda se referem, portanto, ao fechamento da última sexta-feira.
Em alguns outros países do mundo, os negócios já estão novamente em andamento, como na China, por exemplo, onde as commodities agrícolas deram início ao novo ano com firmeza, segundo explicam analistas internacionais.
Na Bolsa de Dalian, os futuros do óleo de soja subiram quase 2% nesta terça, enquanto os ganhos do milho ficaram na casa de 0,8%. As softcommodities também subiram em outras bolsas, como o açúcar e o algodão em Zhengzhou.
“Se isso pode sinalizar uma tendência? Bom, há certo otimismo sobre as commodities neste ano após a performance de 2017. A Water Street Solutions nota certo suporte entre as matérias-primas diante da continuidade de um otimismo sobre a atividade econômica global se movendo para 2018”, dizem especialistas.
Os futuros do óleo de palma também iniciaram o ano com boas altas depois de dados que mostram uma alta de 6,7% nas exportações da Malásia em dezembro, o que trouxe uma boa recuperação para as cotações depois das baixas acentuadas registradas no último pregão de 2017. O contrato maio já apresenta uma alta de 3,7% em relação à mínima apresentada em 22 de dezembro na Bolsa de Dalian.
Na outra ponta do mercado, ainda há os profissionais que se preocupem com os amplos estoques globais de alguns produtos exercendo uma pressão sobre a formação dos preços neste ano, especialmente entre os grãos. “O papel dos mercados de grãos será, contra os altos estoques, o de ‘manter os preços baixos’ para incentivar uma força ainda maior da demanda”, diz o analista internacional Richard Feltes, da RJ O’Brien.
Para a soja, porém, o principal direcionador das cotações ainda deverá ser – além da movimentação necessária dos fundos – a questão climática na América do Sul. E para a consultoria AgResource Mercosul, “em meio à dinâmica climática que tem sido presenciada na América do Sul e a grande possibilidade de uma intensificação da interferência de um La Niña na Argentina e Sul do Brasil, é difícil manter uma posição baixista para os próximos meses”.
E essas expectativas se dão diante de novos mapas climáticos que mostram um novo período de tempo seco na Argentina. De acordo com informações apuradas pela consultoria, a partir deste 2 de janeiro, as chuvas já ficam mais escassas nas áreas produtoras argentinas e esse padrão deverá ser observado até o dia 11.
“O período de estiagem é considerado grave, uma vez que os níveis de umidade do solo no país ainda não foram reestabelecidos para níveis adequados, sofrendo com precipitações abaixo da média desde o começo de novembro”, informa a AgResource.