quinta-feira, 25/abril/2024
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Colheita avança em ritmo recorde em Mato Grosso

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Entre uma estiagem e outra, os produtores não pensam duas vezes, voltam ao campo rapidinho e aproveitam ao máximo o tempo seco, inclusive à noite se for preciso para colher soja. Nesse ritmo e nessa vontade, Mato Grosso encerrou mais uma semana com números recordes para série histórica local. Conforme atualização do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 11,49% dos 9,39 milhões de hectares semeados na atual safra estavam colhidos, volume que se aproxima de 1 milhão de hectares. O ritmo empregado supera em 7,79 pontos percentuais o movimento apurado pelo próprio órgão há exatamente um ano.

Conforme o Imea, em seu Boletim da Soja divulgado ontem, o avanço da colheita soja permite também ganhos de janela na semeadura da segunda safra, tanto para quem opta pelo milho como pelo algodão. O plantio do cereal atingiu 4,6% de uma área estimada em 4,42 milhões/ha. A pluma, mais adiantada, foi a 46,64% dos 600 mil/ha.

O Diário conversou com produtores e representantes de sindicatos rurais de importantes municípios produtores como Sapezal, Lucas do Rio Verde, Sinop, Sorriso e Campos de Júlio e em todos a reclamação foi unânime: as chuvas da semana passada estavam impedindo a continuidade dos trabalhos. Não fossem a persistência delas, os percentuais apurados pelo Imea poderiam ser ainda maiores. O presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Luimar Luiz Gemi, disse no meio da semana passada, por exemplo, que na região ninguém estava há três dias.

Por regiões, segundo o Imea, o oeste segue como a mais adiantada nos trabalhos com 20,43% da área de 1,11 milhão/ha colhidos, seguida pelo médio-Norte com 14,77% dos mais de 3,16 milhões/ha colhidos. Na ‘lanterna’ está o nordeste mato-grossense com 3,37% dos mais 1,56 milhão/ha cultivados.

Como pontuou a consultoria AgRural em seu levantamento divulgado às sextas-feiras, Mato Grosso segue na liderança nacional, mas seus analistas destacam que o retorno das chuvas fez o ritmo dos trabalhos diminuir. “O avanço das colheitadeiras deve continuar sendo dificultado nos próximos dias, já que os mapas de previsão apontam mais chuva. Até o momento, porém, não há queixas de perda de qualidade da soja que está pronta para colher. Nas áreas já colhidas, os relatos são de boas produtividades, com reportes em torno de 60 sacas por hectare no médio-norte, 61 sacas no sul e 58 a 65 sacas por hectare no oeste”, completa a analista Daniele Siqueira. A colheita da safra brasileira de soja 2016/17 chegou a 2,2%, conforme a AgRural.

Nas últimas semanas, as cotações da soja em grão na Bolsa de Chicago (CBOT) mostraram uma alta vertiginosa e em um período de dez dias apresentaram uma valorização de 7%. Como reflexo, as cotações da soja em Mato Grosso, que haviam recuado significativamente no início do mês em virtude, principalmente, da entrada da nova safra mato-grossense, se elevaram acompanhando o movimento das cotações externas.

“A pressão altista na CBOT, puxada por fatores como os riscos da nova safra na Argentina e o baixo estoque atual do óleo de palma malaio, concorrente direto do óleo de soja, têm gerado bons ‘rallys’ nos preços do mercado interno. Tal fato vem criando oportunidades de venda em um momento de pressão baixista nos preços do grão no Estado já que a colheita tem registrado ritmo acima das últimas safras, com 11,49% concluídos e produtividades das áreas colhidas também em bons patamares, propiciando, até o momento, expectativa de safra cheia de soja em 2017 em Mato Grosso”, chama à atenção trecho do Boletim.

Fonte: Diário de Cuiabá (foto: Só Notícias/Vanessa Fogaça/arquivo)

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