A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou na sexta-feira (25) à Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) do governo federal as propostas da entidade para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2018/2019, que deve ser anunciado no início de junho.
No documento, a Confederação propõe volume de recursos de R$ 31,4 bilhões e o aumento do limite de renda bruta anual, de R$ 360 mil para R$ 500 mil ao ano, para que agricultores familiares e empreendedores familiares rurais se enquadrem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A CNA pede, também, a redução de juros dos atuais 5,5% para 3,5% das linhas de crédito do Pronaf, e o aumento nos limites de custeio por produtor, de R$ 250 mil para R$ 300 mil, e de investimentos, de R$ 165 mil para R$ 200 mil por tomador. Para a avicultura suinocultura, fruticultura, aquicultura e carcinicultura (camarão), o limite proposta para a próxima safra é de R$ 500 mil para investimentos.
“Trouxemos nossas propostas com base nas demandas das nossas federações e sindicatos e esperamos que o governo tenha sensibilidade para atender os nossos pleitos neste momento em que a agropecuária é a locomotiva do Brasil”, explicou o coordenador de Assuntos Estratégicos da CNA, Joaci Medeiros, que entregou o documento.
O diretor do Departamento de Assistência Técnica Rural da Sead, Rodrigo Puccini Venturin, que recebeu as propostas da CNA, elogiou o documento e afirmou que os principais pontos do plano estão em negociação com a equipe econômica e corroborou com as necessidades de se ter melhores condições para produzir na próxima safra. “O documento da CNA está bem alinhado com o que estamos negociando”, disse.