A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e representantes da cadeia produtiva de carne bovina se reuniram, ontem, em Brasília, para propor melhorias nos indicadores de preços de comercialização da arroba do boi gordo no país. A ideia é adaptar este instrumento para que os contratos de compra de bovinos no Brasil levem em conta a realidade dos estados. “Queremos estudar uma forma de melhorar esse indicador para que os produtores rurais de todos os estados brasileiros utilizem mais a ferramenta, uma vez que ele também pauta os contratos realizados na bolsa de valores”, explicou o vice-presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Francisco Castro. Apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de bovinos no mundo, o índice de comércio na bolsa de valores ainda é muito baixo. “Gostaríamos que o comércio fosse mais efervescente, para pautar melhor o produtor rural, para que ele tenha uma ferramenta a mais de proteção do seu patrimônio, do seu negócio”, acrescentou.
Segundo o sócio-diretor de uma empresa de investimentos, Leandro Bovo, a ideia é “sugerir aprimoramentos do modelo, informar preços para que esse indicador represente de forma mais real as negociações que estão sendo efetuadas no mercado físico”.
Os dirigentes e empresários também foi avaliaram a dimensão da produção de bovinos no Brasil e a necessidade de ter um mercado futuro mais forte em bolsa. “Na realidade, o mercado futuro agropecuário brasileiro ainda é pequeno. Em um país como o Brasil, nós precisamos ter um mercado de commodities geral mais forte, com mais liquidez e a ideia dessa reunião proposta pela CNA foi justamente discutir meios de atingir o objetivo de desenvolver esses mercados”, afirmou Leandro Bovo.