quinta-feira, 25/abril/2024
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Caso de “vaca louca” registrado em Mato Grosso é atípico e não representa risco, diz ministério

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A Gazeta (foto: divulgação/arquivo)

O  caso  de  Encefalopatia  Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como “mal da vaca louca”, detectado em  Mato  Grosso  não  coloca  em risco a saúde da população. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a  ocorrência é atípica, ou seja, não é causado pela ingestão de ração com produtos à base ou resquício de origem animal.

Ainda de  acordo  com  o Mapa,  a  doença  detectada  ocorre  de  maneira  espontânea e esporádica, e não está relacionada  à  ingestão  de  alimentos contaminados. O  resultado  do  exame  realizado  pelo ministério  foi  divulgado   na   sexta-feira   (31)  e  identificou  tratar-se  de um caso na forma atípica.

O  animal  contaminado era uma vaca de corte de  17  anos.  A  suspeita  da  doença  foi  detectada  ainda  no   transporte para   o   frigorífico   aonde   seria   abatido,   na   região Norte de Mato Grosso.

Segundo o Mapa, não há nenhum risco para a população.  Todo  o  material  de  risco  específico  para  EEB  foi removido do animal durante o abate de emergência e incinerado no próprio matadouro.   Outros   produtos   derivados  do  animal  foram  identificados,  localizados  e  apreendidos     preventivamente, não havendo ingresso  de  nenhum  produto  na  cadeia   alimentar   humana   ou  de  ruminantes,  informa  o Ministério.

Após  a  confirmação  do  resultado  por  exame  de  laboratório  de  referência  da  Organização   Mundial   de   Saúde Animal (OIE), o Mapa informou à OIE e aos países importadores   o   caso.   O   Indea informa que a doença foi  detectada  durante  teste  de  triagem,  em  uma  análise  de  rotina  realizada  pelo  sistema de vigilância nacional.

“O Indea tomou todas as providências    cabíveis    e,    após  análise  em  laboratório  de  referência  no  Canadá,  foi  detectado  se  tratar  da  encefalopatia, na variedade atípica.    Essa    variedade    ocorre  por  conta  da  idade  do  animal,  ou  seja,  não  é  transmissível  a  outros  animais ou humanos”. “Ressaltamos que são realizadas  ações  rigorosas  de  fiscalização  em  estabelecimentos  de  criação  de  gado  no  Estado,  além  de  rotineiros testes nos alimentos fornecidos  aos  ruminantes,  de  modo  a  prevenir  a  ocorrência  da  doença.  O  produtor  rural mato-grossense conhece  as  normas  brasileiras  e  está  comprometido  com  os  métodos  de  prevenção  em  vigor”.

A  Associação  Brasileira  das  Indústrias  Exportadoras  de  Carnes  (Abiec)  também  reforça  que  o  caso  não  representa risco para a cadeia de  alimentação  humana  ou  animal.  “A  Abiec  reafirma  que confia nos controles sanitários brasileiros e a identificação  do  caso  demonstra  a segurança e eficiência desses sistemas”.

Segundo  as  normas  da  OIE,  não  haverá  alteração  da  classificação  de  risco  do  Brasil  para  a  doença,  que  continuará  como  país  de  risco  insignificante,  a  melhor   possível   para   a   EEB.  Em  mais  de  20  anos  de  vigilância  para  a  doença,  o  Brasil  registrou  somente 3 casos de EEB atípica  e  nenhum  caso  de  EEB  clássica. Não foi registrada nenhuma  ameaça  de  embargo até agora ao mercado brasileiro da carne.

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