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Brasil vai exportar ovos livres de patógenos para o México

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O Brasil vai exportar ovos livres de patógenos específicos (Specific Pathogen Free – SPF, na sigla em inglês) para o México. O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu nesta segunda-feira comunicado do serviço sanitário daquele país, o Servicio Nacional de Sanidad Inocuidad y Calidad Agroalimentaria (Senasica) da aceitação da proposta do Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) necessário para início das exportações.

Os ovos SPF são controlados, produzidos em estabelecimentos avícolas registrados e monitorados sanitariamente pelo Mapa, em locais que adotam padrões internacionais de produção e possuem altíssimo nível de biosseguridade. A alta qualidade é necessária já que o produto é matéria-prima indispensável à produção de insumos, de antígenos e de vacinas para animais e humanos. Além disso, os ovos também são utilizados como meio de cultura vivo para pesquisas científicas e diagnóstico de microrganismos responsáveis por ocasionar doenças.

A expectativa de exportação ao México é de 500 mil unidades, já na primeira exportação, sendo a estimativa de consumo anual do país em torno de 1,5 milhão e por isso, o país é considerado mercado estratégico para o setor.

Atualmente, o Brasil é praticamente autossuficiente e produz cerca de 5 milhões de ovos SPF por ano, volume equivalente a 8% da produção mundial. Mas as granjas brasileiras já possuem instalações com capacidade imediata de duplicar a produção.

Poucos países do mundo produzem esse produto, em virtude do alto nível de tecnologia e controle sanitário aplicados nos estabelecimentos avícolas autorizados a realizar a atividade. Isso faz com que cada ovo SPF apresente alto valor monetário. No Brasil, cada unidade tem custo médio de R$ 5,50.

A autorização do Serviço Veterinário Mexicano a importar ovos SPF do Brasil mostra o reconhecimento internacional da excelência das condições sanitárias dos plantéis avícola brasileiros, bem como da credibilidade da certificação veterinária firmada pelos Auditores Fiscais Federais Agropecuários do Mapa, observa Rodrigo Padovani, coordenador em exercício da Trânsito e Quarentena Animal do ministério.

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