quarta-feira, 24/abril/2024
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Aprosoja diz que sem glifosato não tem safra de soja 2018/19

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Valor Econômico (foto: Só Notícias/arquivo)

A safra 2018/19 de soja está ameaçada pela proibição do uso do herbicida glifosato, afirmou hoje presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja), Bartolomeu Braz, durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado em São Paulo pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela B3.

Na sexta-feira, a juíza substituta da 7ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, Luciana Raquel Tolentino de Moura, concedeu tutela antecipada para que a União suspenda em 30 dias o registro de todos os agrotóxicos à base de glifosato (o mais utilizado pela agricultura brasileira, sobretudo nas lavouras de soja), de abamectina e de tiram até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conclua procedimentos de realivação toxicológica.

A juíza ainda determinou que a Anvisa conclua o andamento desses procedimentos até 31 de dezembro deste ano, sob pena de pagamento de multa de R$ 10 mil ao dia. Além disso, a agência deve informar o servidor público responsável pelo andamento dos procedimentos “para fins de responsabilização civil, administrativa e penal” caso a medida seja desobedecida.

“Hoje não existe substituto a esse herbicida e foi de uma irresponsabilidade tremenda essa decisão”, disse Braz. “A gente vai buscar uma saída juridicamente para que tudo volte à normalidade”, afirmou.

O presidente da Abag, Caio Carvalho, afirmou que “sem glifosato não há mais plantio direto”. Após a colheita da soja, o agricultor, em muitos Estados, faz a segunda safra de milho (safrinha), e, quando esse milho é colhido, o produtor de soja forra o campo com braquiária ou mesmo pastagem para proteger o solo até a semeadura da soja. O glifosato mata essa cobertura e possibilita o plantio direto da oleaginosa. Sem a utilização do herbicida, o agricultor é obrigado a arrancar toda a cobertura do solo e fazer o preparo para o plantio.

“Esse produto está no mercado há muitos anos. Essa questão ambiental está sendo defendida por pessoas apaixonadas que não entendem de agricultura”, disse Luiz Lourenço, diretor da Abag. “Precisamos iniciar o plantio em 30 dias. Então, não podemos esperar”, completou.

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